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ELEIÇÕES 2022

Bolsonaro tenta solucionar impasse sobre palanque no governo da Bahia

Uma das alternativas aventadas na equipe de campanha de Bolsonaro é incentivar a candidatura do atual vice-governador do estado, João Leão, que é filiado ao PP

Jair BolsonaroJair Bolsonaro - Foto: Marcos Correa/PR

Aliados do presidente Jair Bolsonaro tentam solucionar o impasse que, até o momento, o deixa sem palanque na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do país. A possibilidade de lançar o ministro João Roma (Cidadania) como candidato a governador, defendida pelo próprio presidente, enfrenta resistência no Republicanos. Já a tentativa de atrair o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), até o momento, não prosperou.

Uma das alternativas aventadas na equipe de campanha de Bolsonaro é incentivar a candidatura do atual vice-governador do estado, João Leão, que é filiado ao PP, sigla aliado do Palácio do Planalto. Mas Leão ainda não está decidido se vai entrar na disputa.

O vice-governador esteve em Brasília nesta semana para discutir o assunto com o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), seu correligionário, que atua como um dos principais coordenadores da campanha de Bolsonaro à reeleição. Os dois devem voltar a se reunir hoje.

Atualmente, Leão e o PP fazem parte de uma aliança com o PT na Bahia, que foi colocada em xeque nos últimos dias. Diante da desistência dos senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) na disputa estadual, ele esperava ser o sucessor natural do grupo para a vaga, mas isso não aconteceu. Um dos cotados é o secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues (PT). O episódio fez com que Leão cogitasse levar o partido para outro rumo.
 

Ao mesmo tempo em que mantém as conversas com Nogueira, Leão tem conversado com o governador Rui Costa (PT) e ainda quer se encontrar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O apoio do PP na Bahia, neste momento, é considerado decisivo.

Outra possibilidade aventada para solucionar o problema de Bolsonaro seria de João Roma se filiar ao PL para disputar o governo da Bahia, mas isso geraria uma crise não só com o Republicanos, como no partido.

O presidente do PL na Bahia, José Carlos Araújo, afirmou a aliados que deixará a legenda se Roma se filiar. O dirigente é aliado do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União), que tentará se eleger governador.

O próprio Roma tem demonstrado preferência em seguir no partido e disputar uma vaga ao Senado, mas, se for realmente necessário, deve entrar na disputa por Bolsonaro.

O cenário mais confortável para o presidente da República seria contar com o palanque de ACM Neto, que tem rejeitado o apoio.

Em entrevista ao Globo, no mês passado, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) expôs a situação:

"Se dependesse de nós haveria ali uma composição com o ACM Neto, até porque, entre as opções na Bahia, é o que está menos distante de Bolsonaro. Seria uma boa aliança, só que equivocadamente o ACM Neto entende que o Bolsonaro puxa ele para baixo na questão de votos."

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