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Candidatura de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) abre disputa interna

Possível saída de Ramagem para concorrer a vaga de deputado pelo Rio inaugurou campanha por posto entre oficiais de inteligência e integrantes da PF

Alexandre RamagemAlexandre Ramagem - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Primeiro diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a disputar uma cadeira no Congresso, Alexandre Ramagem enfrenta uma disputa interna pela sua sucessão. De um lado, estão integrantes da Polícia Federal (PF), levados pelo próprio Ramagem para o órgão responsável por assessorar o presidente da República em assuntos estratégicos. Do outro, estão oficiais de inteligência que já atuavam na instituição antes da atual gestão.

Mais cotado para suceder Ramagem, Carlos Afonso Coelho, número dois da Abin, é delegado da PF desde 2012 e já ocupou cargos de confiança no Ministério da Justiça durante os governos de Dilma Rousseff e Michel Temer. O nome do policial federal, porém, desagrada uma ala de servidores da agência. Integrantes do órgão avaliam divulgar uma manifestação pública para cobrar de Bolsonaro a nomeação de um funcionário de carreira.
 

"Assim como não se espera que um oficial de inteligência seja diretor-geral da PF ou que um oficial da Marinha seja o Comandante-Geral do Exército, acreditamos que o cargo mais importante da Abin deva ser ocupado por servidor de carreira que conheça profundamente a instituição", afirmou ao GLOBO o presidente da Associação dos Servidores da Abin e da Associação Nacional dos Oficiais de Inteligência, Mário Dutra Fragoso.

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