Carlos Bolsonaro chora ao falar de disputa a vereador contra a própria mãe
Ao lado do pai, "zero dois" fala sobre o ingresso na política nas eleições de 2000
O vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, chorou nesta sexta-feira (21) em um seminário do PL em Brasília.
Em evento que contou com a presença do pai, o "zero dois" ficou emocionado ao relembrar a disputa que travou contra a própria mãe, Rogéria Nantes, aos 17 anos.
Em 2000, Carlos disputou o mesmo eleitorado da mãe após decisão de Jair Bolsonaro, que passava por um processo de separação com Rogéria.
Ao tratar o caso, Carlos relembrou ainda que fez uma tatuagem com o rosto do pai no braço.
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— Comecei minha carreira política com 17 anos. Confesso que não sabia onde estava me metendo. (Comecei) simplesmente porque amava uma pessoa (Jair Bolsonaro), fiz uma tatuagem no meu braço com 17 anos de idade."
"Significante isso, e ele me deu a oportunidade de ser candidato a vereador na cidade do Rio de Janeiro em uma separação com minha mãe. Separação traumática, sim, não vou enganar os senhores, mas bem diferente que a BBC e CNN colocam na suas telinhas — disse o vereador.
Ingresso na política
Rogéria foi a primeira pessoa da família que o presidente Jair Bolsonaro inseriu na política, ainda na disputa de 1992, três anos depois que ele próprio fez a transição das Forças Armadas para o Legislativo municipal.
Eleita, a mãe de Carlos foi vereadora na Câmara Municipal do Rio de Janeiro por dois mandatos, entre janeiro de 1993 e janeiro de 2001.
Já separada de Bolsonaro, Rogéria perdeu a cadeira em uma eleição na qual o Carlos teve três vezes mais votos.
Carlos falou ainda sobre o nascimento de sua filha nos Estados Unidos em 2022. Ele deu a entender que as autoridades americanas desconfiavam de algo ilícito.
— Hoje tenho 42 anos de idade, com uma filhinha norte-americana. (Durante) a gestação (da mãe), o FBI, em março de 2022, foi perguntar o que o filho do então presidente Jair Bolsonaro estava fazendo no Estados Unidos. Eles queriam uma informação, e quebraram a cara. Eles achavam que eu queria encontrar Steve Bannon e republicanos.
- Essa narrativa não vem de agora. Essa narrativa de que ele (Jair Bolsonaro) não passou a confiar na urna eletrônica a partir de 2019 é uma falácia. Eles não querem calá-lo, não, querem calar vocês. Eu, como filho, nem falei com ele, ele não precisava estar passando pelo que ele passa hoje. Atualmente, a gente dá um tiro e toma dez, mas o importante é que está fazendo parte ainda da mudança do nosso país.