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NEGATIVA

Casa Civil nega debate sobre 'intervenção de forma artificial' para reduzir preço dos alimentos

"A Casa Civil informa que não está em discussão intervenção de forma artificial para reduzir preço dos alimentos", afirmou assessoria

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui CostaO ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A Casa Civil negou que esteja em discussão uma "intervenção de forma artificial" para reduzir os preços dos alimentos.

O posicionamento da pasta ocorreu após o chefe da Casa Civil, Rui Costa, ter falado que terá conversas com ministérios "para buscar conjunto de intervenções que sinalizem para o barateamento dos alimentos".

"A Casa Civil informa que não está em discussão intervenção de forma artificial para reduzir preço dos alimentos. O governo irá discutir com os ministérios e produtores de alimentos as medidas que poderão ser implementadas", afirmou a assessoria da pasta em nota ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

"Ainda não é possível avançar no detalhamento de tais medidas antes da realização das reuniões que irão tratar do assunto."

Nesta quarta-feira, 22, Costa participou de entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov, veículo institucional do governo federal, e disse que teria conversas com os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Fazenda "para buscar conjunto de intervenções que sinalizem para o barateamento dos alimentos".

"A princípio, nós vamos fazer algumas reuniões com o ministro da Agricultura, ministro do Desenvolvimento Rural, que pega as pequenas propriedades, o MDA, e o Ministério da Fazenda para a gente buscar conjunto de intervenções que sinalizem para o barateamento dos alimentos", disse Rui Costa na ocasião.

A fala do ministro gerou repercussão e questionamentos sobre que tipo de intervenção deve ser tomada. O governo, porém, nega tal ação e admite que o ministro usou a palavra de forma inadequada

Após a entrevista, a Casa Civil divulgou uma nota com os principais pontos da entrevista. Na publicação, porém, o ministério altera a fala do ministro, substituindo o termo "intervenções" por "ações". "Vamos fazer algumas reuniões, com os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, da Fazenda, para buscar um conjunto de ações que sinalizem para o barateamento dos alimentos", diz a publicação, em referência ao que o ministro teria falado.

Como mostrou o Broadcast Político, Lula cobrou os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, pela redução no preço dos alimentos. A reclamação sobre a alta dos produtos foi feita na reunião ministerial que ocorreu na segunda-feira, 20.

Segundo integrantes que participaram do encontro, Teixeira respondeu à cobrança do chefe do Executivo dizendo que o Ministério da Agricultura, o MDA, o Ministério do Desenvolvimento Social e o Ministério da Fazenda têm um grupo para discutir a alta do preço dos alimentos. De acordo com o ministro, até o fim do ano, deve ser feito um parecer sobre o tema e proposta uma solução. Lula, porém, não se contentou com a resposta e disse que o governo precisa pensar em uma resposta imediata e resolver logo a situação.

A cobrança de Lula ocorre em meio à inflação resistente dos alimentos, observada em 2024 e que deve persistir neste ano. Carnes, açúcar e café devem pressionar a inflação dos alimentos, enquanto a maior safra de grãos pode aliviar o movimento inflacionário.
 

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