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Caso Marielle: ao longo de seis anos de investigação, seis pessoas foram mortas; veja quem são

Suspeitos de envolvimento no crime foram presos neste domingo

Três dos mortos durante a investigação (da esquerda para a direita): Macalé, Adriano da Nóbrega e Hélio de PaulaTrês dos mortos durante a investigação (da esquerda para a direita): Macalé, Adriano da Nóbrega e Hélio de Paula - Foto: Reprodução

Ao longo dos seis anos de duração da investigação dos assassinatos de Marielle Franco e de Anderson Gomes, seis pessoas citadas no relatório final da Polícia Federal foram assassinadas. Apontados como mandantes do crime, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão e o irmão dele, o deputado federal Chiquinho Brazão, foram presos neste domingo, assim como o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. O delegado é suspeito de ter envolvimento no crime, após vender a certeza de que o caso não seria elucidado.

Quem foram os mortos
Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé - O ex-policial militar foi morto em 6 de novembro de 2021. Ele andava pela Avenida Santa Cruz, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, em direção à sua BMW, quando foi abordado por homens em um veículo branco. O ex-PM foi atingido por vários disparos e morreu no local. Com ele foi encontrada uma pistola. Macalé é apontado pelas investigações como um elo entre os mandantes e os executores de Marielle.

Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano - Ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), ele ficou foragido por cerca de um ano e foi localizado pela polícia num sítio na Bahia, onde estava escondido, em 9 de fevereiro de 2020. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública daquele estado afirmou, à época, Adriano reagiu e morreu em confronto. Adriano teria se recusado a executar Marielle Franco, antes de o ex-PM Ronnie Lessa ter sido procurado para cometer o crime.

Luiz Carlos Felipe Martins - Sargento da PM, era considerado o braço direito de Adriano da Nóbrega. Ele, que era chamado de Orelha, foi morto a tiros em 20 de março de 2021. Homens que estavam num carro dispararam contra Luiz, que estava de folga, em uma rua de Realengo, na Zona Oeste carioca. O crime ocorreu justamente na véspera em que o Ministério Público do Rio (MPRJ) e a Polícia Civil fariam uma operação para prendê-lo.

Hélio de Paulo Ferreira, o Senhor das Armas -  Chegou a ser investigado no inquérito e foi assassinado em 28 de fevereiro de 2023, na Rua Araticum, área disputada por milicianos e traficantes que ficou conhecida como a rua da morte, no Anil, também na Zona Oeste. No dia em que foi morto, Hélio numa padaria quando foi executado. Além dele, outros três homens morreram.

Lucas do Prado Nascimento da Silva, o Todynho - Sofreu uma emboscada na Avenida Brasil, na altura de Bangu, possivelmente como uma queima de arquivo. Todynho era suspeito de ter participado da clonagem do Cobalt prata usado na execução de Marielle e Anderson. Ele teria atuado na confecção dos documentos falsos do veículo.

André Luiz Fernandes Maia - Advogado, ele foi citado na delação de Ronnie Lessa como a pessoa com quem "bebia uísque" enquanto pesquisava lugares para executar Marielle. O ex-PM afirmou aos investigadores que, naquela ocasião, estava "obcecado em encontrar uma alternativa viável" para a execução e, por isso, passou a estudar o endereço da Rua do Bispo, no Rio Comprido, na região central, "com afinco", quando estava na companhia do criminalista. André Luiz foi executado um mês após a morte da vereadora. Ele foi abordado por dois homens numa moto quando saía de casa, no Anil, e levou pelo menos 10 tiros. Um suspeito do crime, apontado como integrante da milícia do Anil, foi preso em Miguel Pereira, no Centro-Sul Fluminense, em agosto de 2021.

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