Conselho de Ética ouve irmãos Brazão sobre assassinato de Marielle
Colegiado analisa se houve quebra de decoro parlamentar por parte de Chiquinho
O Conselho de Ética da Câmara ouve nesta terça-feira, a partir das 14h, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, acusados de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
Ambos estão presos, e o caso debatido no colegiado está relacionado à possível quebra de decoro parlamentar de Chiquinho, deputado federal eleito em 2022, por causa do crime.
Na segunda-feira, o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, afirmou à comissão que nunca falou com os irmãos.
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Em depoimento ao Conselho de Ética, Rivaldo definiu as milícias que atuam no Rio de Janeiro como "um câncer" e afirmou ter dado as senhas dos seus aparelhos eletrônicos para que o fato seja apurado. Ele reiterou que os irmãos Brazão vinham sendo investigados pela polícia Civil do Rio.
"Nunca tive contato com essas pessoas, jamais tive qualquer contato com os irmãos Brazão. A milícia é um câncer que faz com que mortes aconteçam. Lutei por anos contra estas forças e hoje estou aqui, prestando depoimento, preso em uma penitenciária federal", disse o policial.