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Caso Marielle: 'Foram 2.202 dias de espera', diz Monica Benício, viúva da vereadora

Foram presos, neste domingo (24/03), o deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa

Mônica Benício, vereadora no Rio de Janeiro e viúva de Marielle FrancoMônica Benício, vereadora no Rio de Janeiro e viúva de Marielle Franco - Foto: Reprodução/Facebook

A viúva de Marielle Franco, a vereadora e arquiteta Monica Benício, falou sobre o avanço no caso que apura o assassinato da parlamentar, ocorrido em 14 de março de 2018. Monica destaca que a prisão de três personagens — os supostos mandantes, o deputado federal Chiquinho Brazão e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão, e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, apontado como a pessoa que tentou obstruir a investigação — apontam que "a verdade começou a ser desvelada".

— Foram 2.202 dias de espera. Seis anos e 10 dias dessa dor que hoje não acaba, mas que encontra, finalmente, um momento de esperançar a justiça e paz, e isso é apenas uma parte do que Marielle e Anderson merecem. E nesse domingo chuvoso de março, a verdade começou a ser desvelada. O que, diante da nossa dor, é o tempo de uma vida inteira depois daquele 14 que marcou mais do que nossas vidas, marcou a nossa carne e o próprio Estado democrático de direito — disse Monica Benício.

Na manhã deste domingo, Monica está na sede da Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro. No local estão os três alvos de mandados de prisão na operação da Polícia Federal deflagrada nesta manhã. A viúva de Anderson, Agatha Arnaus, também chegou à unidade.

Monica destacou o nome do ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro ser apontado como parte da trama que terminou com a execução de Marielle e do motorista da parlamentar, Anderson Gomes.

— Se o nome de integrantes da família Brazão não causa surpresa ao ser revelado, a investigação da Polícia Federal traz ainda mais um integrante desta odiosa trama: Rivaldo Barbosa, o então chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Seu nome anunciado mostra que a Polícia Civil não foi apenas falha, foi cúmplice deste crime.

A vereadora continua:

"Rivaldo, que recebeu as nossas famílias logo após Marielle e Anderson serem assassinados, com o sorriso cínico que só as mais corruptas das burocracias podem produzir, nos dizendo que o caso seria uma prioridade máxima para ser solucionado o mais rápido possível. Seu nome envolto nessa execução brutal só demonstra o tamanho do abismo que vivemos no Estado do Rio de Janeiro, com instituições amplamente comprometidas nas teias mais podres do crime, da corrupção e do mercado de mortes."

 

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