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RIO DE JANEIRO

Caso Marielle: motorista de Cobalt e cúmplice no homicídio se forma em curso de direção

Para diminuir pena, o ex-policial militar Élcio de Queiroz também estudou Jardinagem e leu 'O príncipe'

Ex-policial militar Élcio de Queiroz Ex-policial militar Élcio de Queiroz  - Foto: Reprodução MP

Suspeito de ser um dos cúmplices do ex-policial militar Ronnie Lessa na execução dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o também ex-PM Élcio de Queiroz tenta reduzir sua pena por meio da realização de cursos e da leitura de livros, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Ele depõe ao Supremo Tribunal Federal (STF) a partir da tarde desta sexta-feira.

De acordo com o Ministério Público, Queiroz foi o motorista de um Cobalt utilizado por Lessa para perseguir e efetuar os tiros que mataram Marielle e Anderson, em 2018, no Estácio, Região Central do Rio.



Ele está preso desde 2009 e firmou um acordo de delação em que confessa sua participação no crime.

Um dos cursos concluídos recentemente pelo ex-PM na unidade prisional foi de direção defensiva. Em 180 horas, as aulas incluíam as ações para evitar acidentes, preparação para viagens, a importância de manter a calma no volante, educação no trânsito, além de inovações tecnológicas dos veículos.

Em seguida, Queiroz cursou uma formação para jardineiro, também pelo período de 180 horas em três meses. No conteúdo programático, constam aulas de utensílios básicos, manutenção de equipamentos, uso de plantas ornamentais no paisagismo e técnicas de multiplicação e produção de mudas em viveiros.

Em março deste ano, o ex-PM também leu “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel. Publicado pela primeira vez em 1532, o livro representa uma das teorias mais elaboradas pelo pensamento humano, descreve o Estado e traz as maneiras de como conquistar um principado, ou seja, como chegar e manter-se no poder.

Pela atividade, Queiroz fez jus a quatro dias de remição. De acordo com uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a leitura de qualquer livro de literatura emprestado da biblioteca dos presídios significa menos tempo a cumprir, desde que o detento apresente um Relatório de Leitura que será remetido à Vara de Execuções Penais (VEP).

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