EX-PRESIDENTE

Celular de Mauro Cid tinha documento com plano de golpe de estado, diz revista Veja

Mensagens encontradas em aparelho de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro revelam conspirações contra o resultado das urnas

Mauro Cid atuou como ajudante de ordens de Jair BolsonaroMauro Cid atuou como ajudante de ordens de Jair Bolsonaro - Foto: Alexandre Cassiano

O celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, tinha mensagens e documentos que revelam uma trama para dar um golpe de estado, afastar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e colocar o país sob intervenção militar.

Segundo a reportagem da revista Veja, havia no entorno próximo do ex-presidente militares e apoiadores conspirando para tentar anular o resultado da eleição de 2022, vencida por Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a revista, um dos documentos é intitulado “Forças Armadas como poder moderador”. Nele é apresentado um plano baseado numa tese controversa em que militares poderiam ser convocados para arbitrar conflitos entre os poderes.

O documento ensina uma espécie de "passo a passo" do golpe e não é o mesmo da minuta golpista encontrada com o ex-ministro Anderson Torres.

Segundo o plano, Bolsonaro deveria encaminhar as supostas inconstitucionalidades praticadas pelo por Judiciário aos comandantes das Forças Armadas. Os militares então poderiam então nomear um interventor investido de poderes absolutos.

O interventor na sequência poderia fixar um prazo para o “restabelecimento da ordem constitucional”. Assim, poderia suspender decições que considerasse inconstitucionais, como a diplomação de Lula. Além disso, poderia afastar preventivamente ministros do STF como Alexandre de Moraes.

Veja também

Apresentado como "marionete" de Castro, Ramagem consegue derrubar inserção de Paes na Justiça
Justiça

Apresentado como "marionete" de Castro, Ramagem consegue derrubar inserção de Paes na Justiça

Ato bolsonarista no 7 de Setembro teve 45 mil pessoas, um quarto do público na manifestação anterior
manifestação

Ato bolsonarista no 7 de Setembro teve 45 mil pessoas, um quarto do público na manifestação anterior

Newsletter