Denúncia

Cercadinhos de Bolsonaro foram pagos com cartão corporativo

Ex-presidente gastou mais de R$ 44 mil com nove cercadinhos em diferentes cidades do país

Foto: Evaristo Sá / AFP

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou dinheiro público via cartão corporativo para pagar as estruturas que abrigavam seus apoiadores – os chamados cercadinhos. Eventos incluem agendas não oficiais, inclusive durante as férias do ex-capitão em Santa Catarina. A informação é do UOL.

De acordo com o site, foram gastos mais de R$ 44 mil para bancar nove cercadinhos em diferentes cidades do país. As estruturas eram usadas para que Bolsonaro cumprimentasse e tirasse fotos com eleitores.

Pelo menos quatro ocasiões diferentes as estruturas montadas sequer ficavam próximas às agendas oficiais do ex-presidente. Quase sempre, mostram as notas, os cercadinhos eram instalados em aeroportos nos quais Bolsonaro desembarcava e serviam exclusivamente para um corpo a corpo com eleitores.

A maior parte das notas fiscais, revela o UOL, são de 2021, quando o Brasil registrava milhares de óbitos por Covid-19. No auge da pandemia, Bolsonaro seguiu, portanto, incentivando e promovendo a aglomeração de apoiadores.

No mesmo mês, o ex-presidente passou férias em Santa Catarina, fato que não o impediu de utilizar o cartão corporativo para bancar um cercadinho. Naquela ocasião – entre os dias 12 e 17 de fevereiro – foram gastos mais de R$ 12 mil com um gradil instalado em frente ao Forte Marechal, em São Francisco do Sul, local que recebeu o ex-capitão durante as férias.

Na mesma viagem, relembra a reportagem, Bolsonaro foi flagrado andando de jet ski e dirigindo carros esportivos.

Os valores identificados nesta quinta-feira (26) podem ser ainda maiores, uma vez que apenas 20% das notas fiscais do cartão corporativo de Bolsonaro foram reveladas. O restante ainda precisa ser digitalizado, de acordo com a agência Fiquem Sabendo, que obteve os documentos por meio da Lei de Acesso à Informação.
 

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