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Protesto

Cidades têm volta do panelaço em protesto pela má condução da pandemia pelo governo federal

Falta de oxigênio em Manaus e atraso na vacinação são queixas principais

Comportamento do presidente Jair Bolsonaro no combate à Covid-19 desagrada grande parte da populaçãoComportamento do presidente Jair Bolsonaro no combate à Covid-19 desagrada grande parte da população - Foto: Marcos Corrêa/PR

Em dia de derrotas na tentativa de receber vacinas contra a Covid-19 produzidas na Índia e de mais relatos de pacientes morrendo sem oxigênio em Manaus, o governo de Jair Bolsonaro virou alvo de um novo panelaço em várias cidades brasileiras, nesta sexta-feira (15).

Com gritos de "fora, Bolsonaro" e "assassino", brasileiros criticam a demora para o início da imunização e de envio de mais insumos para evitar o colapso do sistema de saúde amazonense. Manifestantes também pedem o impeachment do presidente.

No Recife, Zona Norte e Zona Sul tiveram registro de panelaço contra o presidente. Outras cidades que também protestaram foram Rio de Janeiro, Salvador, Florianópolis, Brasília e São Paulo, que começou a bater panelas meia hora antes do horário combinado nas redes socais. 

O governo Bolsonaro vem acumulando derrotas na tentativa de começar a imunização do País. Nenhuma das duas vacinas esperadas para o início da campanha nacional foram entregues ao Ministério da Saúde até agora.

Uma delas viria da Índia para o Brasil e tinha previsão de chegar neste sábado (16), mas, nesta sexta, o governo da Índia negou a entrega imediata do lote de dois milhões de doses do imunizantes da AstraZeneca/Oxford, o que frustrou uma operação montada para buscar o material no país asiático.

Com o veto da Índia, o presidente Bolsonaro corre o risco de assistir o início da vacinação no Brasil com a Coronavac, que tem sido utilizada como trunfo do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

A pasta da Saúde deu um ultimato ao Instituto Butantan pedindo que fossem entregues os seis milhões de doses da Coronavac, mas o órgão respondeu que não vai enviar o imunizante ao governo federal porque não há um plano para distribuí-las entre os estados.

O ministério passou o segundo semestre ignorando a oferta de incorporação da Coronavac ao calendário nacional. Mas, depois de idas e vindas, a pasta aceitou o imunizante no programa nacional. Antes previa várias outras vacinas ainda não existentes no País

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