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JUSTIÇA

Cinco pessoas são absolvidas na Operação Mão Dupla

Aproximadamente 200 agentes da Polícia Federal participaram da operação

Fachada do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5)Fachada do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Na manhã da última quinta-feira (14), foram absolvidas pela Justiça cinco pessoas, entre funcionários e gestores da empresa Delta Construção, que havia sido alvo da Operação Mão Dupla, iniciada em 2009. A absolvição aconteceu durante julgamento no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5).

A Mão Dupla nasceu com o intuito de investigar um suposto esquema criminoso com diversas frentes de atuação, a exemplo de fraude em procedimentos licitatórios, superfaturamento, desvio de verbas e pagamentos indevidos em obras de infraestrutura rodoviária realizadas sob a supervisão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Ceará (DNIT/CE). Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, Paraíba, Pará e Amazonas também foram alvos de diligências das investigações.

À época, foram cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, além de 23 mandados de prisão temporária e um de prisão preventiva. Oito servidores públicos foram afastados das suas atividades profissionais e tiveram o sequestro de bens em seus nomes.

O advogado criminalista Francisco Leitão, sócio do escritório Rigueira, Amorim, Caribé e Leitão, é quem representa a defesa dos gestores e funcionários da Delta. Ele frisou os cuidados que devem ser tomados nas fases iniciais de investigações desse tipo, por conta dos desdobramentos que acontecem em consequência, sobretudo às pessoas que são absolvidas depois.

 Na foto, o advogado Francisco Leitão, sócio do escritório Rigueira, Amorim, Caribé e Leitão | Foto: Arquivo pessoal

“Me chama atenção o reflexo dessas grandes operações na vida das pessoas, pois carreiras (profissionais) não sobrevivem a um ataque como esse, assim como núcleos familiares. Empresas também não, por perseguição dos órgãos. Isso nos faz refletir no cuidado que se deveria ter mais que não se tem com a divulgação do nome e na exposição das pessoas, físicas ou jurídicas. Muitas são até surpreendidas até por prisões sem nem saberem o motivo”, afirmou à Folha.

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