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Política

Ciro defende acabar com teto de gastos e taxar super-ricos

Candidato à Presidência esteve em Salvador nesta terça-feira

Ciro Gomes Ciro Gomes  - Foto: Reprodução/Twitter

O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) sugeriu, nesta terça-feira (13), acabar com o teto de gastos públicos e taxar a camada social conhecida como super-ricos. Com isso, ele disse que poderá baixar impostos de produtos e serviços básicos da população.

Ele visitou, na parte da tarde, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Salvador. Ciro esteve acompanhado de sua vice, Ana Paula. Ambos assistiram a apresentações artísticas dos alunos da Apae e também responderam perguntas feitas pelos jovens. Ciro defendeu o investimento em instituições como a Apae e criticou a alta taxa tributária sobre produtos básicos, além da dificuldade de se investir em programas sociais, pelos limites impostos pelo teto de gastos.

“Meteram na Constituição que o próximo presidente do Brasil só pode gastar o que o [presidente Jair] Bolsonaro está gastando hoje mais 6% de correção de inflação, chamado teto de gastos. Uma das [minhas] ideias é acabar com o teto de gastos. Não muda absolutamente nada, se a gente não mudar o modelo. Revogando o teto de gastos, a gente vai poder gastar. Eu estou propondo acabar com o teto de gastos e mudar. Diminuir os impostos sobre a população mais pobre e de classe média. Diminui os impostos na comida, na gasolina, no telefone, nos remédios e aumenta os impostos dos super-ricos”, propôs Ciro.

O candidato também abordou o problema do desemprego no país, além da informalidade, pois ambos estarão jogando milhões de brasileiros, no futuro, ao desamparo social.

“Neste momento, 70 de cada 100 trabalhadores brasileiros ou estão desempregados ou vivendo de bico. Uma informalidade que significa 60 a 70 horas semanais. Sem direito a férias, 13º [salário], nem ao descanso remunerado. Nós estamos mandando 50 ou 60 milhões de pessoas à velhice sem direito à nada. A nenhuma proteção previdenciária”, disse Ciro.

Segundo Ciro, outro problema é o endividamento das famílias, que chegam a 66 milhões de pessoas com nome no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Da mesma forma, existem 6 milhões de empresas no país no Serasa. Um dos motivos para isso, de acordo com o candidato, é a taxa de juros praticada no Brasil, uma das mais altas do mundo.

Pela manhã, Ciro esteve no município baiano de Irecê, onde inaugurou o comitê de campanha do partido.

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