Eleições 2022

Ciro Gomes defende 'copia e cola' para recuperar indústria

Candidato do PDT explicou contestação de registro de Bolsonaro e disse que presidente difamou o país e as instituições ao reunir embaixadores para desacreditar a urna eletrônica

Ciro Gomes, candidato do PDT a presidente, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro Ciro Gomes, candidato do PDT a presidente, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro  - Foto: Reprodução/twitter

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Ciro Gomes, candidato do PDT a presidente, defendeu uma política de recuperação da indústria nacional que recorra ao "copia e cola", especialmente nas áreas de equipamentos de saúde. Ele escolheu Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, para iniciar sua campanha de rua por entender que a região é um exemplo da falência do parque industrial brasileiro.

Antes de iniciar uma caminhada de 50 minutos pelo calçadão de Campo Grande, ele defendeu a petição ajuizada nesta sexta (19), na qual o PDT contesta na Justiça Eleitoral a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro:

Caberá ao Tribunal dizer se foi lícito ou ilícito, legal ou ilegal, o presidente da república de uma nação importante do planeta Terra como o Brasil juntar mais de 50 embaixadores no Palácio do Planalto para difamar, com fake news, o país e as suas instituições.

Ciro disse que caberá ainda à Justiça Eleitoral avaliar se o presidente cometeu crime eleitoral ao usar a TV pública para transmitir o conteúdo da reunião.

Ciro pretende explicar pontos temáticos de seu programa de governo na campanha de rua. Em Campo Grande, abordou a reindustrialização. O projeto do PDT prevê prioridades nas áreas de saúde, petróleo e gás, defesa e agronegócios. Ele estava acompanhado dos candidatos do partido ao governo fluminense, Rodrigo Neves, e ao senado, cabo Daciolo.

Ciro lamentou que o Brasil, durante o enfrentamento da pandemia, tenha dependido da importação de respiradores chineses:

"É muito simples, a tecnologia já está vendida, não tem mais nada. Se a gente quiser apressar, faz engenharia reversa, copia e cola. Pega as universidades, a garotada.

Indagado sobre o combate à violência, Ciro foi lembrado pelos jornalista que estava em uma região dominada pela milícia. Ele disse que o seu plano defende o fortalecimento da Polícia Federal para assumir a investigação de crimes que não são enfrentados pelos policiais locais por uma estratégia de sobrevivência, já que suas família vivem em áreas dominadas por esses grupos criminosos.

Na primeira atividade de rua, Ciro Gomes juntou, na mesma crítica, Jair Bolsonaro e Lula. No centro comercial de Alcântara, no Grande Rio, o candidato citou números para mostrar o tamanho da desigualdade no país, entre os quais 38 milhões sem comida e outros 120 milhões de brasileiros que não conseguem fazer três refeições por dia:

-"Bolsonaro não é o único culpado. Ele herdou isso e não produziu nada, está agravando."
 

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