Ciro lidera segunda opção de voto, mas maioria de seus eleitores admite votar em outro candidato
Pedetista é visto como alternativa por 22% dos entrevistados, mas 66% de seus eleitores admitem mudar voto
Terceiro colocado na última pesquisa Datafolha sobre a disputa pela presidência da República, o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, é o favorito na segunda opção de voto dos eleitores. Ao mesmo tempo, a maior parte de seu eleitorado diz que ainda pode mudar de voto.
Segundo o levantamento, 70% de todos os entrevistados dizem que estão totalmente decididos sobre seus candidatos, enquanto 29% dizem que ainda podem mudar. Nesse universo de pessoas que não descartam migrar de voto, Ciro é visto como alternativa por 22% dos eleitores.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece em segundo lugar com 18%, e o presidente Jair Bolsonaro (PL) em terceiro, com 14%. Nesse cenário, o pedetista atrai votos de eleitores de Lula (40%) e de Bolsonaro (26%).
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Ao mesmo tempo em que aparece como segunda opção de voto preferida, Ciro enfrenta um cenário adverso de baixa convicção de votos entre seu próprio eleitorado. A maior parte, 66%, respondeu que ainda pode mudar de candidato. Destes, 44% migrariam para Lula e 12% para Bolsonaro.
Já entre os eleitores de Lula, 79% afirmam estar plenamente decididos, enquanto no caso de Bolsonaro são 78%.
A pesquisa Datafolha que foi divulgada na quinta-feira mostrou que Lula mantém a liderança no primeiro turno da corrida à Presidência com 47% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro aparece na segunda colocação com 28%. Em terceiro lugar aparece Ciro com 8%, seguido por André Janones (Avante) com 2%, e Simone Tebet (MDB), com 1%. Segundo o levantamento, Lula venceria a eleição no primeiro turno com 53% dos votos válidos, se o pleito fosse hoje.
O Datafolha entrevistou, na quarta e quinta-feira, 2.556 eleitores em 181 municípios de todas as regiões do país. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-09088/2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais, e o índice de confiança é de 95%.