CPI Covid

Citado na CPI, Malafaia diz falar 'quase que diariamente' com Bolsonaro e que iria à comissão

Líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo foi lembrado por Flávio Bolsonaro

O Pastor Silas Malafaia (esq.) ao lado de Jair BolsonaroO Pastor Silas Malafaia (esq.) ao lado de Jair Bolsonaro - Foto: Isac Nóbrega/PR

O pastor Silas Malafaia disse à Folha de S.Paulo que "fala quase que diariamente" com Jair Bolsonaro, seu amigo. O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo foi citado nesta quinta-feira (20) pelo primogênito do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, na CPI da Covid, como conselheiro do pai.

"Querem ouvir uma pessoa que dá conselho ao presidente da República? Vou dar o nome: pastor Silas Malafaia. Ele fala quase que diariamente com o presidente e o influencia. Chamem ele aqui", afirmou Flávio na comissão.

Uma das hipóteses levantadas por senadores da oposição, na CPI, é a existência de um gabinete para formular diretrizes para combater a crise sanitária. "Nunca vi argumento tão medíocre quanto esse, e vou dizer lá", diz Malafaia.

PERGUNTA - O senador Flavio Bolsonaro sugeriu que os senadores o convoquem para a CPI e que o sr. é um dos principais conselheiros do pai. Iria?
SILAS MALAFAIA - Não tenho medo e digo tudo lá que eu falo com o presidente. Vou lá e digo. Se for convocado, vou lá e digo as conversas que eu tenho com o presidente. Sobre pandemia, lockdown, sobre, é... Cloroquina, azitromicina. Vou lá e falo. Eu digo lá. Será que eles vão ter coragem de me convocar? Será? Eu digo. Sem nenhum problema. Aprendi uma coisa, a verdade é soberana. Não precisa ter medo da verdade. Vou lá e digo minhas conversas sobre estes assuntos todos: sobre vacina, Coronavac, Pfizer. Vou lá e digo tudo, pode botar aí no jornal.

P. - O sr. e o presidente se falam com que frequência?
SM - Pode colocar aí: o pastor Silas Malafaia fala quase que diariamente. Fui lá [no Palácio do Planalto] seis vezes, de março [de 2020] pra cá, em três dessas, mais de três horas [de reunião]. E telefone de 'zap', eu falo muitas e muitas vezes com ele. Pode botar aí, que eu não tenho medo desses caras. Pode botar.

P. - O que o sr. o aconselha sobre pandemia?
SM - Não vou dizer nada pra jornalista nenhum. Se me convocar, eu digo lá. O que conversei sobre Coronavac, Pfizer, quarentena, lockdown, certo? Pandemia... Eu digo lá. Não vou dizer pra ninguém, só lá. Porque aí cria um ambiente antecipado, porque a verdade, como eu disse pra você, é absoluta.

P. - O sr. como conselheiro do presidente prova a existência do gabinete paralelo levantada pelos senadores de oposição?
SM - Tenho uma resposta que eu destroço essa conversa de gabinete paralelo. Digo lá. Esse é o argumento mais frágil, mais idiota, mais imbecil que podem usar. Nunca vi argumento tão medíocre quanto esse, e vou dizer lá.

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