Com aprovação em baixa nas pesquisas, Bolsonaro pede 'pesquisa do Datapovo'
O presidente conversou com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada antes de viajar para o interior de São Paulo
O presidente Jair Bolsonaro ironizou nesta sexta-feira a pesquisa Datafolha que mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com 47% das intenções de voto no primeiro turno. Bolsonaro, que vem afirmando que não acredita nos levantamentos feitos pelos institutos de pesquisa, disse que teria que ser feito um "Datapovo".
O presidente conversou com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada antes de viajar para o interior de São Paulo. Segundo Bolsonaro, ele irá passar os próximos dias no Vale do Ribeira, região onde nasceu. Durante a conversa, Bolsonaro ouviu brincadeiras de apoiadores sobre o resultado da pesquisa.
— O Datafolha deu quanto pra ele no segundo turno? 60 a 30? — perguntou Bolsonaro aos apoiadores.
Após ouvir de um dos apoiadores que deveria ser feito um "Datapovo", o presidente concorda.
— É, tem que fazer uma pesquisa do Datapovo — disse Bolsonaro.
Leia também
• Congresso derruba veto de Bolsonaro e retoma fundo eleitoral de até R$ 5,7 bilhões
• Lula tem 59% das intenções de voto contra 30% de Bolsonaro no segundo turno, indica Datafolha
• Datafolha: Bolsonaro enfrenta rejeição de 60% e Lula vê queda de quatro pontos no indicador
Aos apoiadores, que ficaram na entrada do Palácio da Alvorada, Bolsonaro contou que deve voltar a Brasília apenas na próxima quinta-feira, no dia 23. O presidente ainda não divulgou se irá passar a noite de Natal na capital federal ou não.
Ao falar do ano que vem, Bolsonaro voltou a reclamar das medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores para conter o coronavírus. Segundo ele, esse tipo de política é responsável pelos problemas econômicos enfrentados este ano e que, de acordo com Bolsonaro, irão persistir no ano que vem.
— O mundo todo deu uma desajustada com a pandemia, com o fique em casa a economia a gente vê depois. E tem problema para o ano que vem. Mas a gente está buscando se antecipar a esses problmas para minimizar as consequências — afirmou.
Veja também
MPT já registra mais de 300 denúncias de assédio eleitoral
