Com Léo Índio na Argentina, PF reforça a Moraes pedido para destruir passaporte cancelado
Corporação já havia solicitado medida em documento apreendido no ano passado
A Polícia Federal (PF) reforçou nesta terça-feira um pedido feito ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF), para destruir o passaporte de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio. A solicitação já havia sido feita no ano passado, porque o documento está cancelado.
O reforço no pedido ocorre após Léo Índio ir para a Argentina, em meio ao avanço da investigação que o tornou réu no STF, pela suspeita de participação nos atos golpistas do 8 de janeiro. A viagem, contudo, não foi citada pela PF no ofício.
Em outubro do ano passado, a PF informou a Moraes que foi apreendido, na casa de Léo Índio, um passaporte que consta como cancelado, e pediu "autorização para destruição do documento". Nesta terça-feira, o pedido foi reiterado.
Leia também
• Alexandre de Moraes autoriza Mauro Cid a viajar para São Paulo
• Léo Índio confirma a Moraes que está na Argentina
• Moraes pede esclarecimento à defesa de Léo Índio após ida para Argentina
No início de março, a Primeira Turma do STF recebeu, por unanimidade, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Léo Índio. Na semana passada, ele revelou, em entrevista a uma rádio, que estava há cerca de 20 dias na Argentina.
Intimado por Moraes a se explicar, Léo Índio apresentou ao STF um documento do governo argentino que aponta uma autorização para permanência provisória no país, até o dia 4 de junho. Também na semana passada, a Primeira Turma do STF rejeitou um recurso contra a decisão que o tornou réu.
Léo Índio é primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).