DIÁLOGO

Com Lula, Zema diz que está disposto a colocar diferenças de lado: 'Boa convivência, sem extremismos

Governador participa de evento na capital de Minas Gerais junto ao presidente, que cumpre agenda no estado; gritos de 'Fora, Zema' foram entoados pelo público

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o presidente Lula (PT) O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o presidente Lula (PT)  - Foto: Reprodução

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta quinta-feira (8) que está disposto a dialogar com o presidente Lula (PT) para resolver os problemas do estado. A declaração foi dada durante evento em Belo Horizonte, na capital de Minas Gerais, na qual o presidente esteve presente para anunciar investimentos do governo federal. Ao final do discurso, a pleiteia entoou gritos de "Fora, Zema".

— Dou as boas vindas ao senhor em sua primeira visita neste mandato. Em toda a minha vida de trabalho, primeiro como funcionário e depois como empresário e agora nesses cinco anos como governador aprendi a trabalhar com quem pensa diferente. (...) As críticas são muito naturais, as pessoas pensam diferente e nós governantes temos que aprender a conviver com essas diferenças — afirmou o governador.

Em seguida, Zema disse estar "muito satisfeito" com a visita de Lula no estado e voltou a falar sobre deixar as diferenças de lado:

— Para melhorar a vida dos mineiros, temos muito que conversar. Vou entregar para o senhor uma lista de ações e obras emergenciais que dependem do governo federal e que nós mineiros ansiamos por solução (...) Aprendi que podemos pensar diferente, o que é normal, mas a boa convivência sem extremismos em uma conversa transparente e republicana é o que vai fazer a vida dos mineiros melhorar — disse Zema.

O presidente foi recebido com gritos de "olé, olé, olá, Lula, Lula, Lula". Já Zema, teve o início de seu discurso com manifestação da plateia de "Vacina sim, vacina sim". Trata-se de uma reação a um posicionamento recente do chefe do Executivo mineiro que, recentemente, desobrigou a apresentação do cartão de vacinação no ato de matrícula nas escolas estaduais.

Além do governador, estiveram presentes o prefeito Fuad Noman (PSD), que é postulante a reeleição, e outros quatro pré-candidatos à prefeitura: os deputados federais Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT), o ex-vice-governador Paulo Brant (PSB), e a deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL).

Na manhã desta quinta, em entrevista à rádio Itatiaia, Lula afirmou que afirmou que não precisa "ser amigo" de Zema, mas deve ser parceiro do governador "pelo povo mineiro".

— Fui eleito para governar para todos os brasileiros. Fomos todos eleitos pelo povo, com o compromisso de melhorar a vida das pessoas. O governador não precisa gostar de mim. Não precisamos ser amigos, precisamos ser parceiros, por Minas e pelo povo mineiro. O governador Zema foi convidado para o evento, da mesma forma que foi várias vezes convidado para ir a Brasília defender os interesses do estado — disse o presidente.

O presidente foi a Minas acompanhado de dez ministros que estiveram ao seu lado no palanque. São eles Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Renan Filho (Transportes), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Marcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social).

Lula chegou em Belo Horizonte na tarde desta quarta-feira e foi recebido pelo prefeito Fuad Noman e pelo vice-governador Matheus Simões (Novo). Segundo a colunista Bela Megale, o presidente jantou com um grupo de aliados para discutir o cenário econômico do estado. Após o evento, o presidente volta a Brasília no início desta tarde.

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