Com ministros do STF, Lula defende ato no 8 de janeiro e mantém aproximação com Nunes Marques
Presidente se reuniu com magistrados na casa de Barroso e manteve conversa amigável com todos
O jantar entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na casa do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, teve direito a uma alentada conversa sobre a cerimônia que será realizada no 8 de janeiro e a mais um capítulo da aproximação entre o petista e o ministro Nunes Marques.
De acordo com relatos de quem participou da recepção, Lula falou de maneira cordial e amistosa com todos os magistrados e a conversa teve um tom ameno. O presidente manifestou sua vontade de realizar um ato simbólico para marcar os ataques golpistas de 8 de janeiro.
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A intenção do presidente é dar a dimensão da importância que a data representa. Lula tem defendido a presença de autoridades, já disse que vai convidar governadores e parlamentares e afirmou que o ministro Flávio Dino (Justiça), que assumirá uma cadeira no STF, ficará no cargo atual até o 8 de janeiro.
A recepção ocorreu a pedido de Lula para conversar de maneira mais próxima com os magistrados. Nunes Marques, com quem o presidente vem ensaiando uma aproximação, foi um dos ministros que mais falaram com Lula. Indicado por Bolsonaro em 2020, ele tem mantido uma interlocução mais próxima com o petista desde o final do primeiro semestre.
Na posse de Paulo Gonet no comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), Lula e Nunes Marques conversaram ao pé do ouvido — o presidente perguntou ao magistrado como estava a recuperação da cirurgia no quadril.
No cardápio da festa, além das conversas entre os integrantes dos poderes, também foram servidos pratos clássicos como picadinho de carne e escondidinho. Lula participou da reunião ao lado da primeira-dama, e após sua saída os ministros seguiram na residência de Barroso.
Participaram do jantar os ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luiz Fux e Nunes Marques, além do advogado-geral da União, Jorge Messias, e Flávio Dino.