Com posse de Zanin, STF volta a ter três ministros indicados por Lula, e sete pelo PT; confira
Cármen Lúcia e Dias Toffoli foram nomeados no primeiro governo do petista
A posse de Cristiano Zanin como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que ocorre nesta quinta-feira (3), mantém em três o número de indicações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na atual composição da Corte, formada por 11 ministros. Zanin entra no lugar de Ricardo Lewandowski, indicado no primeiro governo do petista. Além disso, Lula também indicou Cármen Lúcia e Dias Toffoli, ainda em sua primeira gestão.
Cristiano Zanin foi advogado de Lula nas investigações da Operação Lava-Jato e coordenou a estratégia jurídica que permitiu a anulação das condenações do presidente.
Nos próximos meses, Lula fará mais uma indicação, com a aposentadoria da atual presidente do STF, Rosa Weber. Com isso, as indicações de Lula somarão mais de um terço da Corte. Rosa Weber foi indicada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), assim como Luiz Fux, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Juntos, Lula e Dilma indicaram sete dos atuais ministros.
Um ministro, Alexandre de Moraes, foi indicado por Michel Temer (MDB), e dois ministros foram indicados por Jair Bolsonaro (PL), Nunes Marques e André Mendonça. O decano, Gilmar Mendes, foi uma escolha de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
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Para a vaga de Rosa Weber, Lula recebe pressão de alguns setores para indicar uma mulher, para manter a representatividade, mas não quis assumir esse compromisso. A expectativa é que a escolha seja pessoalíssima do presidente, que pretende mais uma vez escolher alguém de sua confiança, assim como Zanin.
Entre os nomes cotados para a vaga estão dois ministros do governo federal, Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Flávio Dino (Justiça), além do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. Alguns ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) também são citados, como Benedito Gonçalves, Luis Felipe Salomão e Regina Helena Costa.