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Câmara dos Deputados

Comissão da Câmara convoca ministro da Educação para explicar suspeitas na gestão de Milton Ribeiro

Ainda não há data para a realização da audiência que vai ouvir Victor Godoy Veiga

Victor Godoy Veiga, ministro da EducaçãoVictor Godoy Veiga, ministro da Educação - Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou, em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (29), a convocação do ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, para tratar das suspeitas de corrupção e tráfico de influência na pasta durante a gestão de Milton Ribeiro. No período, Veiga era secretário-executivo da pasta.

Milton Ribeiro foi preso na última quarta-feira no âmbito da operação Acesso Pago, que investiga a suspeita de influência de pastores no ministério da Educação e a suspeita de crimes na liberação de recursos do MEC para prefeituras. Ele também foi alvo de busca e apreensão, além de ter tido o sigilo bancário quebrado, por ordem do juiz federal Renato Borelli. Depois foi solto por decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Também foram presos os pastores lobistas Arilton Moura e Gilmar Santos, além de Luciano Musse, ex-gerente de projetos da Secretaria Executiva da pasta, e o ex-assessor da Secretaria de Planejamento Urbano da prefeitura de Goiânia Helder Bartolomeu.

A convocação de Veiga foi aprovada após requerimento do deputado Ivan Valente (PSOL-SP). Ainda não há data marcada para a audiência. Ao justificar o pedido, o parlamentar reforçou a proximidade do atual ministro com seu antecessor.

— Resta irrefutável que ele conviveu intensamente com os acusados e seus esquemas, bem como possui acesso e pleno conhecimento das informações no âmbito do Ministério da Educação sobre a destinação de recursos federais e transferências efetivadas pelo governo”, afirma o deputado — justificou.

Ribeiro deixou o Ministério da Educação em março deste ano, em meio a denúncias de que os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos atuavam como lobistas da pasta e pediam propina a prefeitos para destravar recursos da Educação, através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

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