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PERNAMBUCO

Como a eleição em Olinda aproximou Raquel Lyra de Kassab e pavimentou ida ao PSD

Em meio a questões com o PSDB, governadora de Pernambuco tem feito acenos ao presidente nacional da sigla à qual deve se filiar em breve

Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB)Governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) - Foto: Clarice Melo / Folha de Pernambuco

A iminente filiação da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra ( PSDB), ao PSD tem como pano de fundo uma relação de proximidade com o presidente nacional do partido, o secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, Gilberto Kassab. Em meio a um sentimento de insatisfação crescente de Lyra com os tucanos, Kassab se fez presente durante as eleições municipais locais.

Uma cidade em específico foi divisora de águas. Olinda, na Região Metropolitana de Recife, representou uma vitória simbólica para a governadora, que abraçou a campanha de Mirella (PSD). No município, o prefeito de Recife e rival João Campos (PSB) estava com Vinicius Castello (PT) e saiu derrotado a poucos quilômetros "de casa".

No primeiro turno, Castello havia conseguido vantagem confortável, com 38,75% dos votos, contra 30,02% da adversária. Com uma campanha com pouco orçamento, quem pleiteou mais fundos para Mirella foi justamente Raquel Lyra. Após sua mediação, o diretório nacional do PSD liberou R$ 1,5 milhão à candidatura.

O afago de Kassab aumentou a sintonia entre os dois, que nutrem uma admiração mútua. Enquanto articuladores dão como certa a saída de Raquel Lyra do PSDB em direção ao PSD, a tucana é mais comedida e ainda não fez anúncios.

Nos bastidores, ela também age com cautela: não descarta trocar de partido, mas tampouco bate o martelo. O que não é segredo, todavia, é a insatisfação com o PSDB.

Há meses, a governadora tem pleiteado que o partido deixe a oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os argumentos são simples: a sigla não foi oposição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tem votado com o governo em diversas matérias na Câmara Federal. O presidente tucano, Marconi Perillo, é relutante.

Com o desejo de concorrer à reeleição em 2026, Lyra também teme ver seus planos prejudicados. Com o declínio do PSDB, ela teria pouco tempo de televisão, principalmente em relação ao seu adversário que já está em pré-campanha, o prefeito João Campos.

https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/11/13/como-a-eleicao-em-olinda-aproximou-raquel-lyra-de-kassab-e-pavimentou-ida-ao-psd.ghtml

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