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Como é Mambucaba, distrito de Angra dos Reis onde Carlos Bolsonaro está com o pai

Vila histórica "é uma das primeiras ocupações urbanas do Brasil", segundo o Iphan

Vila de Mambucaba é distrito de Angra dos Reis, na Costa VerdeVila de Mambucaba é distrito de Angra dos Reis, na Costa Verde - Foto: Divulgação

Alvo da Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (29), o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos) está Mambucaba, um distrito de Angra dos Reis localizado na divisa com o município de Paraty. O ex-presidente Jair Bolsonaro tem uma casa de veraneio na vila histórica.

A Vila Histórica de Mambucaba "é uma das primeiras ocupações urbanas do Brasil, e seu conjunto arquitetônico e paisagístico foi tombado pelo Iphan, em 1969", segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

De acordo com o Iphan, Angra dos Reis funcionou como um importante porto exportador de café e importador de escravos para o Vale do Paraíba. No porto da vila, escravizados desembarcavam e eram encaminhados para as regiões produtoras de café.

"Mambucaba é um dos raros sítios históricos brasileiros tombados em sua totalidade, não apenas as edificações, mas, também, o traçado urbano e equipamentos referentes à ocupação do local", afirma ainda o Iphan. A praia de Mambucaba, onde desagua o rio que dá nome à localidade, tem cerca de 1 km de extensão.

A família Bolsonaro se reuniu no final de semana na casa de veraneio para realizar uma live nas redes sociais. Na operação de hoje, um dos alvos é o vereador do Rio Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com as investigações, ele é suspeito de receber informações da Abin do deputado Alexandre Ramagem (PL), diretor da pasta à época. Ramagem também é investigado e foi alvo de busca e apreensão na última quinta-feira (25).

No inquérito, a PF separou os suspeitos em cinco núcleos: PF, em que são investigados os policiais cedidos à Abin durante a gestão de Ramage; Alta Gestão, acerca da cúpula da pasta; Subordinados; Evento Portaria 157, sobre uma ação em que foram monitorados envolvidos com uma Organização Não-Governamental (ONG); e Tratamento Log, sobre os servidores que acessam o sistema da Abin.

Em nota, a PF informou que busca "avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas". Ainda de acordo com a corporação, o grupo usou "técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público".

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