Condenado de atentado a bomba ri enquanto deputada cita denúncia sobre violação de cadáver
Blogueiro Wellington Macedo de Souza conseguiu autorização da Justiça para permanecer calado durante depoimento
Sem responder perguntas de parlamentares durante depoimento na CPI do 8 de Janeiro, o blogueiro Wellington Macedo de Souza riu enquanto ouvia a deputada Jandira Feghali (PcdoB-RJ) citar uma autuação na Justiça cearense contra ele por violação de um caixão e exposição do cadáver de uma mulher em Sobral. Souza é acusado de utilizar a foto de uma mulher morta, sem autorização da família, em uma fake news sobre a primeira pessoa morta por Covid-19 na cidade de Sobral.
"É uma pergunta para ele, eu espero que ele ouça e pare de rir. Ele está rindo o tempo todo aqui piscando para os seus aliados aqui na CPI, que estou vendo" afirmou Jandira.
A deputada questionou o depoente quem o tinha nomeado para o foi assessor da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Ele teve um cargo comissionado na Diretoria de Promoção e Fortalecimento de Direitos da Criança e do Adolescente entre fevereiro a outubro de 2019.
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Wellington conseguiu na Justiça um habeas corpus para poder permanecer calado durante o depoimento e não está respondendo as perguntas dos parlamentares da base do governo até o momento.
Ele foi condenado por ser uma das pessoas que planejou uma tentativa de ataque a bomba no aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro do ano passado. A defesa de Wellington pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele não fosse obrigado a ir à sessão para prestar depoimento. O ministro Luís Roberto Barroso negou o pedido, mas concedeu o direito dele permanecer calado.