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Conheça casal que Moraes pediu a condenação de 17 anos de prisão pelo 8/1

Alessandra Faria Rondon e Joelton Gusmão de Oliveira respondem pelos ataques antidemocráticos, que ocorreram em 2023

Alessandra e Joelton no dia 8 de janeiroAlessandra e Joelton no dia 8 de janeiro - Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou nesta segunda-feira (12) pela condenação de um casal a 17 anos de prisão pelos ataques antidemocráticos do 8 de janeiro. Alessandra Faria Rondon e Joelton Gusmão de Oliveira respondem por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do Patrimônio e associação criminosa armada. Os demais magistrados da mais alta Corte do país devem dar seu parecer até dia 20 de fevereiro.

Moradores de Vitoria da Conquista, no interior da Bahia, Alessandra e Joelton foram presos em flagrante no dia 8 de janeiro. No entanto, Joelton foi liberado da prisão em novembro passado, logo após a morte de Cleriston Pereira da Cunha no Complexo Penitenciário da Papuda. Atualmente, é monitorado por tornozeleira eletrônica.

No dia da depredação do patrimônio público, o casal adentrou o Senado Federal. Alessandra Rondon chegou a discursar enquanto sentava na cadeira que à época pertencia ao ministro da Agricultura Carlos Fávaro, quem chamou de "traidor da pátria".

"Hoje é dia 8 de janeiro. Estou sentada na cadeira do traidor da pátria de Mato Grosso (diz enquanto filma a placa com o nome do ministro de Lula). Eu só saio daqui na hora que os traidores da pátria estiverem preso. Queremos intervenção militar. Intervenção militar já!" afirmou Alessandra Rondon.

Segundo a Polícia Federal, Joelton gravou vídeos dentro do Congresso Nacional em que dizia frases como "é assim que se toma o poder". Enquanto filmava o discurso de sua esposa, ele teria integrado um coro de "todo poder emana do povo".

Nos autos do processo, a defesa de Joelton refutou o argumento de que teria tido uma tentativa de golpe de estado por parte de seu cliente: "Considerar que tentaram abolir o estado democrático de direito e aplicar um golpe de estado, simplesmente porque causaram danos aos locais onde atuam os três poderes enquanto ninguém estava nos referidos locais, seria o mesmo que considerar que houve uma tentativa de sequestro em uma residência enquanto o dono do local sequer estava na cidade, ou seja, um crime impossível de ser executado".

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