Conselho de Ética arquiva processo que bolsonarista é acusado de transfobia contra Érika Hilton
O voto do relator Mário Heringer (PSD-MG) já recomendava o arquivamento da denúncia
O Conselho de Ética da Câmara arquivou o processo contra o deputado Abílio Brunini (PL-MT), que era acusado de cometer transfobia contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) durante sessão da CPMI dois Atos do 8 de janeiro. A denúncia se baseava na acusação de que Brunini teria dito que a deputada estaria “oferecendo serviços”. A fala foi denunciada por outros parlamentares, que confirmaram ter ouvido as palavras.
O voto do relator Mário Heringer (PSD-MG) já recomendava o arquivamento da denúncia. O placar marcou 11 votos a 2 pelo arquivamento.
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— A representação se limita a citar uma fala proferida por um terceiro parlamentar, sem fornecer informações concretas sobre o que exatamente foi dito, em que contexto e como essa fala poderia ser interpretada como violência de gênero ou homotransfobia. Em casos envolvendo alegações de violência de gênero e transfobia, é particularmente importante que as acusações sejam detalhadas e claras, dada a sensibilidade dessas questões e a necessidade de garantir que a justiça seja feita. A falta de especificidade na representação dificulta a avaliação objetiva das alegações e a determinação de sua validade — afirmou Heringer.
Brunini negou ter feito uma fala transfóbica.
— Respeito as diferenças, cada um com as suas particularidades. Eu não tenho a ver com a vida de ninguém e, por isto, não agiria desta forma lamentável — afirmou.