Controle de migração: Juiz bloqueia novas regras de Biden para pedido de asilo
Proposta do presidente estadunidense visava selecionar pedidos de asilo levando em consideração seus países de origem
Um juiz federal anulou nesta terça-feira (25) a política de asilo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, rejeitando os recentes esforços da administração para controlar a migração na fronteira sul do país.
O juiz Jon Tigar do tribunal distrital de São Francisco considerou como "ilegal" a política de forçar os solicitantes de asilo a pedirem admissão nos Estados Unidos a partir de seus países de origem ou dos países pelos quais passam no caminho até o território americano.
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A decisão pode forçar novamente o governo americano a aceitar os pedidos de asilo de qualquer requerente que entre no país, potencialmente provocando uma nova onda de migrantes na fronteira com o México.
No entanto, Tigar suspendeu imediatamente sua decisão por 14 dias para dar à administração Biden tempo para apelar.
O Departamento de Justiça afirmou que discorda da decisão e recorrerá, buscando ao mesmo tempo uma suspensão mais longa de sua implementação.
Em comunicado, o departamento declarou estar confiante de que as regras implementadas pela administração Biden em maio são "um exercício legal da ampla autoridade concedida pelas leis de imigração".
A decisão ocorreu em um caso movido por grupos de defesa dos migrantes, após a administração Biden anunciar, em 16 de maio, sua nova abordagem, visando conter os cerca de 200.000 migrantes que tentam atravessar a fronteira sul a cada mês.
Os grupos argumentam que a política de Biden presume efetivamente a inelegibilidade para asilo dos migrantes na fronteira.