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MESMO NO RECESSO

Corrida por vagas no STJ movimenta corredores do tribunal mesmo no recesso

Corte está com três vagas abertas, que serão definidas por Lula após seleção prévia dos magistrados

Superior Tribunal de JustiçaSuperior Tribunal de Justiça - Foto: Marcello Casal Jr/ABR

Mesmo com as atividades suspensas desde o último dia 30 de junho, quando começou oficialmente o recesso do Judiciário, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) continua com os corredores movimentados. Isso porque as articulações para a escolha dos nomes que ocuparão as três vagas abertas na Corte foram intensificadas.

Neste mês de julho, candidatos ao tribunal são recebidos em audiências e entrevistas individuais com os ministros, responsáveis por eleger os nomes levados ao presidente da República.

Interlocutores do STJ ouvidos pelo Globo afirmam que a campeã de audiências até o momento é a presidente da Corte, ministra Maria Thereza de Assis Moura, que durante todo o recesso recebeu uma romaria de candidatos, sobretudo aqueles que disputam as duas vagas destinadas à magistratura. Ao todo, são 54 desembargadores de Tribunais de Justiça de todo o país que correm para figurar na lista quádrupla entregue a Luiz Inácio Lula da Silva.

Além dos postulantes às vagas destinadas à Justiça estadual, o STJ irá escolher três nomes para disputar a vaga de ministro reservada à advocacia a partir de seis advogados selecionados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Todos estes também investiram o tempo do recesso para falar com a presidente do tribunal, conhecida por seu perfil bastante criterioso e técnico, e apresentar suas credenciais.

Nestas entrevistas individuais, os candidatos falam sobre suas trajetórias profissionais, esmiúçam detalhes de seus currículos e mostram como pretendem atuar dentro da Corte. Outros ministros que já receberam os postulantes são Herman Benjamin, Nancy Andrighi, Marco Aurélio Bellizze e Regina Helena Costa. De acordo com relatos de integrantes do tribunal, aliás, Nancy, assim como Francisco Falcão e Laurita Vaz, os mais antigos ministros do STJ, receberam da presidente a incumbência de fazer uma avaliação ainda mais minuciosa dos futuros colegas.

Procurados, os ministros não quiseram se manifestar sobre o assunto.

O tribunal, que conta com 33 ministros, marcou para o dia 23 de agosto a eleição dos nomes que integrarão as duas listas que serão entregues a Lula. Um rumor de que essa data seria adiada acelerou a procura dos candidatos pelos ministros, mas magistrados que integram o STJ afirmam que esta opção está descartada, e que uma nova data não está em questão.

Integram a lista da OAB os advogados André Godinho, Daniela Teixeira, Luís Cláudio Allemand, Luís Cláudio Chaves, Márcio Fernandes e Otávio Rodrigues Júnior.

Nos bastidores, os ministros do STJ apontam como favoritos à vaga da advocacia os advogados Daniela Teixeira, próxima a alas do PT e do grupo de juristas Prorrogativas, Luís Cláudio Chaves, que tem o apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e Otávio Rodrigues, próximo a vários ministros da Corte e aliado de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) como o ministro Dias Toffoli.

No quinhão reservado aos desembargadores estaduais, ministros da Corte classificam como fortes Carlos Von Adamek, do TJ de São Paulo, apoiado por Toffoli, os baianos Maurício Kertzman e Jatahy Fonseca Junior e Elton Leme, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), apoiado pelo ministro Luiz Fux.

Os novos ministros serão nomeados após a aprovação do nome pelo Senado. As vagas foram abertas com as aposentadorias dos ministros Felix Fischer e Jorge Mussi, e com o falecimento do ministro Paulo de Tarso Sanseverino.

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