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Cotado para a Fazenda, Haddad ajuda a fechar texto da "PEC da Transição"

Proposta que abre Orçamento de 2023 deve ser apresentada nesta terça, diz líder

Fernando Haddad Fernando Haddad  - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Principal cotado para o cargo de ministro da Fazenda, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad entrou de vez nas conversas em torno da prioridade do governo eleito, a "PEC da Transição", Proposta de Emenda à Constituição que abre o Orçamento de 2023 para promessas de campanha de Lula, como o Bolsa Família de R$ 600.

Haddad está ajudando a finalizar o texto da PEC, que o PT espera entregar ao Senado nesta terça-feira. O ex-ministro da Educação chegou a Brasília junto com Lula, no domingo. O presidente eleito desembarcou na capital para destravar as conversas em torno da PEC.

O ex-prefeito de São Paulo tem participado de conversas do presidente eleito com políticos e irá a um jantar de Lula com líderes do MDB nesta segunda-feira. Nesta segunda, Haddad chegou antes de Lula ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição.

O texto da PEC ainda não está finalizado, pois depende das conversas de Lula com os políticos. Haddad tem ajudado na construção da PEC baseado em informações do grupo de economia, composto pelos economistas André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Pérsio Arida.

Aliados de Lula veem a presença do ex-prefeito nas conversas sobre a PEC como um segundo teste em quatro dias, embora pessoas próximas ao presidente afirmem que ele já está convencido de que Haddad é o melhor nome para comandar a Fazenda. Haddad foi escalado por Lula para representá-lo num almoço com representantes do setor financeiro promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) na sexta-feira.

De acordo com integrantes do PT, há sobre a mesa uma proposta que tira o programa Bolsa Família do teto de gastos (a regra que trava as despesas federais), a um custo de R$ 175 bilhões, mais um adicional de R$ 23 bilhões para investimentos.

Outra proposta prevê um aumento de gastos de R$ 150 bilhões. Uma alta de despesa nessa dimensão é considerada fiscalmente neutra pelos integrantes da equipe de transição. Eles consideram que um aumento de gasto desse tamanho manterá a despesa como proporção do PIB em 2023 em 19%, igual ao patamar deste ano.

O custo da PEC a sua duração (se quatro, dois, ou um ano), são os pontos que serão negociados durante a tramitação da medida).

O vice-presidente do PT, deputado federal José Guimarães (CE), disse que o texto da PEC deve ser apresentado nesta terça.

A prioridade é resolver essa bronca amanhã, na minha opinião disse.

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