CPMI

CPI 8 de Janeiro: GDias diz a parlamentares ter recebido "informações desencontradas" sobre atos

Defesa do ex-ministro do Gabinete Institucional de Segurança diz que ele deve responder as perguntas

General Golçaves DiasGeneral Golçaves Dias - Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O ex-ministro do Gabinete Institucional de Segurança (GSI) general Gonçalves Dias abriu sua fala na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro defendendo sua atuação nos dias dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, e disse ter recebido informações desencontradas. de seus auxiliares na época.

"Exercei efetivamente minha ação de comando no palácio" disse Gdias.

O militar declarou que foi "conduzido a uma má avaliação dos fatos por ter recebido informações divergentes" de pessoas que trabalhavam com ele.

"Essas informações divergentes foram passadas por contatos diretos meus com o senhor Saulo Cunha (que comandava a Agência Brasileira de Inteligência na época), a coronel Cintia, da Polícia Militar do Distrito Federal, e o general Penteado, meu secretário-executivo. Essas informações divergentes me foram passadas na manhã do dia 8 de janeiro."

Ele disse ainda que usou “todos seus esforços para mitigar danos e o mais importante preservar vidas de cidadãos sem nenhuma gota de sangue, ou seja, sem nenhuma morte”.

O ex-ministro afirmou que teria agido de forma diferente se soubesse da gravidade das manifestações.

"É claro que seria radicalmente mais exigente e minucioso no detalhamento do planejamento do esquema de segurança, mesmo aquilo sendo responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Em resumo, olhando para trás, algumas decisões seriam tomadas de forma diferente."

Segundo seu advogado, André Callegari, o militar responderá às perguntas dos parlamentares, apesar de o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter autorizado o ex-chefe do GSI a ficar em silêncio diante de questionamentos que possam incriminá-lo.

Embora um pedido para ouvir o militar estivesse aprovado desde as primeiras reuniões do colegiado, a sua presença no colegiado motivou queda de braço entre governistas e oposição.

A data só foi marcada após a apresentação de uma questão de ordem feita pelo senador Esperidião Amin (PP-SC). Parlamentares da oposição sustentam que GDias foi alertado previamente dos atos que resultaram na invasão e na depredação de prédios públicos, mas se omitiu.

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