CPI da Covid consegue assinaturas necessárias para prorrogar trabalhos por 90 dias
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou requerimento e conseguiu as 27 assinaturas necessárias para a prorrogação.
Em lista publicada em suas redes sociais, nesta terça-feira (29), o parlamentar cita o nome de 32 senadores, mais do que o necessário para a extensão dos trabalhos da comissão.
O artigo 152 do Regimento Interno do Senado Federal determina que o prazo poderá ser prorrogado por meio de requerimento de um terço dos membros da Casa.
A CPI tem prazo de funcionamento de 90 dias, que termina no dia 7 de agosto. Se prorrogada, a comissão irá até novembro.
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As assinaturas devem ser enviadas ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para que seja oficializada a prorrogação ao ler o requerimento em plenário
No requerimento, Randolfe aponta que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o seu irmão, Luis Ricardo Miranda, que é servidor concursado do Ministério da Saúde, disseram, na sexta-feira (25), que “o presidente da República foi alertado das irregularidades e, ao invés de apurá-las, as creditou ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR)”.
ATENÇÃO! Já temos as assinaturas necessárias para prorrogar a CPI da Pandemia no Senado. pic.twitter.com/rCNMXGU9PL
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) June 29, 2021
A suspeita é de superfaturamento e corrupção. “É um escândalo que precisa ser apurado com a gravidade correspondente. Diante da vasta documentação recebida e dos inúmeros fatos levantados que demandam um aprofundamento das investigações, torna-se imperativo prorrogar o prazo de duração desta Comissão Parlamentar de Inquérito”, escreveu o senador.
Em entrevista à CNN, nessa segunda-feira (28), o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), admitiu a prorrogação dos trabalhos e afirmou que requerimentos devem ser analisados nesta terça-feira (29).
“Se não dá pra terminar em 90 dias, você pode prorrogar. Não depende só de mim. Depende da assinatura de 27 senadores”, disse.
Pelas redes sociais, senadores também defenderam a prorrogação dos trabalhos.
“A CPI tem que mergulhar, profundamente, na investigação de denúncias de crimes gravíssimos, assim mesmo, no plural, cometidos na compra de vacinas. Já são duas. Covaxin e CanSino. Faltando por negacionismo, vacinas agora são aceleradas por negociatas?”, escreveu Simone Tebet (MDB-MS).