CPI do 8 de janeiro: Arthur Maia diz que Mauro Cid será ouvido em no máximo duas semanas
Presidente da comissão também pôs dúvidas em atestado médico apresentado por PM que depôs hoje
O deputado Arthur Maia (União-BA), presidente da CPI do 8 de janeiro, disse nesta segunda-feira (26) que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro será ouvido pela comissão em até duas semanas. No celular de Cid, que foi apreendido pela Polícia Federal, foram encontradas pedidos para que ele se engajasse em atos golpistas.
– Não definimos (a data), mas penso que não deve tardar. Esse investigado, ele sem dúvida é uma das figuras que participou desse momento pré-8 de janeiro. Nós estamos seguindo a cronologia – declarou Arthur Maia após o fim da sessão de hoje da CPI, que ouviu o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF).
– Não deve tardar que ele venha logo, talvez na semana que vem seja o caso. Se não na semana que vem, no máximo na outra semana – completou o parlamentar.
A CPI irá ouvir o tenente-coronel Jean Lawand Júnior, que apareceu em mensagens enviadas ao ex-ajudante de ordens incentivando atos golpistas em dezembro.
Maia também reclamou do fato de Naime ter apresentado um atestado médico para tentar não depor na sessão desta segunda. O presidente da CPI determinou que uma junta médica do Senado analisasse o coronel e, depois disso, ele recuou e decidiu dar o depoimento.
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– O depoente apresentou um atestado de um médico. Eu não sou médico e nem quero cometer arbitrariedade com ninguém e solicitei que uma junta médica do Senado Federal fizesse a avaliação do depoente. Essa junta concluiu que o depoente estava apto, que não tinha nenhuma dificuldade para dar o seu depoimento, como de fato deu. Portanto confrontando o laudo que foi dado por um médico – declarou deputado.
– Encaminhei o laudo do médico e o laudo da junta médica para o Conselho Regional de Medicina para que pergunte a esse médico que deu esse laudo porque ele o fez e porque esses laudos são diametralmente opostos – completou.