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CPI do 8 de Janeiro: governistas não poupam GDias em depoimento

Parlamentares da base tem evitado assumir a defesa do ex-ministro de Lula e imputaram palavras como "incompetência" e "fraqueza"

General Gonçalves DiasGeneral Gonçalves Dias - Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem evitado defender o general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete Institucional de Segurança (GSI), na CPI do 8 de Janeiro. A oposição, que apresentou a maioria dos requerimentos para convocar o militar conseguiu a prioridade e são os primeiros a questioná-lo. Ainda assim, mesmo os parlamentares governistas, como a relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e o deputado Rafael Britto (MDB-AL), também adotam um tom duro contra o ex-ministro.

Ele foi inquerido pela relatora da CPI por quase uma hora. A senadora chegou a exibir as imagens em que o ex-ministro aparece circulando pelo Palácio do Planalto no dia dos ataques e que foram usadas pela oposição para acusar o atual governo de omissão e que levaram a Gdias, como é conhecido, a pedir demissão do ministério. Ela também trouxe à tona os alertas feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que teriam sido encaminhados ao general antes dos ataques.

O deputado Rafael Brito (MDB-AL) afirmou que a atuação do então ministro do GSI no dia 8 de janeiro foi de alguém que é "ingênuo, incompentente e fraco".

– Golpista o senhor não é, traidor da República o senhor não é, mas não consigo encontrar uma saída para encontrar justificativa na forma como foi dada sua participação. Tem um ar, me desculpe a expressão de ingenuidade, ar de incompetência, fraqueza, me perdoe o que eu estou dizendo, mas assim, me parece que esse pingo no oceano acabou virando comida para quem quer defender o golpe militar. Talvez tenha sido um excesso de confiança na hierarquia do Exército – declarou.

Dias saiu do comando do GSI em abril, após aparecer em imagens, divulgadas pela CNN, interagindo com os autores dos ataques dentro do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. A revelação do caso também foi um estopim para o governo decidir destravar a CPI do Congresso. No depoimento desta quarta, o general disse que saiu do cargo "por causa da divulgação imprecisa e desconexa de vídeos gravados no interior dentro do Palácio do Planalto".

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