SENADO

CPI do 8 de janeiro: preso envolvido com ataque a bomba evita responder maioria das perguntas

Na manhã desta quinta, parlamentares ouviram peritos

George Washington OliveiraGeorge Washington Oliveira - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A CPI começou a ouvir na tarde desta quinta-feira o depoimento de George Washington Oliveira, gerente de posto de gasolina suspeito de armar uma bomba que foi encontrada em um caminhão nas imediações do aeroporto de Brasília, e de mais três integrantes da Polícia Civil do Distrito Federal. A sessão começou com os policiais e Oliveira está sendo ouvido nesta tarde. Oliveira tem evitado responder a maior parte das perguntas feitas na comissão.

.Em maio, o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília, condenou Oliveira a uma pena de nove anos e quatro meses. A base do governo quer usar a sessão de hoje para emparedar mais uma vez o ex-presidente Jair Bolsonaro. Oliveira chegou a dizer, em um texto encontrado em seu celular, que o ex-presidente o inspira. Parlamentares do PT também querem mais informações sobre os financiadores de atos golpistas contra a eleição e avaliam que o preso tem ligação com empresários rurais.

O presidente da CPI, deputado Arthur Maia (União-BA), entendeu que Oliveira presta depoimento na condição de investigado e que, por isso, pode evitar responder perguntas que o incriminam. A relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-AM), questionou se ele veio para Brasília acompanhado de alguém, se foi parado nas rodovias no trajeto até a capital federal e mais uma série de perguntas sobre o planejamento que levou ao plano com o artefato explosivo. Oliveira respondeu a maior parte das perguntas com "permanecerei calado".

Ele também não respondeu se tentou enviar uma carta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, não disse quem o convidou a ir para Brasília, evitou dizer se recebeu treinamento de alguém e não comentou quando a relatora perguntou se conversou com alguém sobre planejamento de ato de violência contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele respondeu apenas poucos questionamentos, como quando confirmou ter uma empresa com o nome "GW de O Sousa", e ao dizer que estava em uma churrascaria no dia dos ataques na área central de Brasília no 12 de dezembro.

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