CPI do DF convoca tenente-coronel Mauro Cid para falar sobre atos golpistas de 8 de janeiro
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está preso desde o dia 3 de maio. Requerimento foi aprovado pelos deputados distritais
Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid foi convocado nesta quinta-feira a prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Segundo o requerimento aprovado hoje, Cid deverá prestar esclarecimentos "sobre os fatos ocorridos nos dias 12 de dezembro e 8 de janeiro". A proposta, de autoria do deputado Fábio Felix (PSOL), foi avalizada na sessão de hoje por quatro deputados distritais. Outros três integrantes da CPI se ausentaram na hora da deliberação.
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A proposta, de autoria do deputado Fábio Felix (PSOL), foi avalizada na sessão de hoje por quatro deputados distritais. Outros três integrantes da CPI se ausentaram na hora da deliberação.
Cid será instado a dar explicações sobre as mensagens de cunho golpista enviadas a ele pelo major expulso do Exército Ailton Barros. Conforme revelou O Globo, Ailton pediu orientações a Cid para saber como deveria proceder em relação a grupos organizadores dos atos de 7 de setembro de 2021. Segundo PF, há fortes indícios de que Barros se "dispôs a incitar grupos de manifestantes para aderirem a pautas antidemocráticas do interesse do ex-presidente da República".
Mauro Cid e Ailton Barros estão presos há duas semanas por suspeita de inserção de dados falsos no cartão de vacinação do ex-presidente e seus familiares. Os dois são investigados em um inquérito que apura os crimes de infração de medida sanitária preventiva e associação criminosa.
Já as mensagens golpistas encontradas no celular de Barros foram encaminhadas ao inquérito que apura a responsabilidade e omissão de autoridades que culminaram com os atos golpistas de 8 de janeiro.
Outros requerimentos
Na sessão de hoje, a CPI do DF também aprovou outros dois requerimentos - um de convite para a oitiva do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias; e outro que requisitou ao Ministério do Turismo as fichas de registro de hóspedes que ficaram hospedados no Setor Hoteleiro Sul e Norte de Brasília, entre os dias 8 e 14 de dezembro de 2022.