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ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

CPI do DF nega pedido de Mauro Cid e mantém depoimento do militar

Ex-ajudante de ordens está previsto para ser ouvido pelos parlamentares na manhã desta quinta (24)

Mauro CidMauro Cid - Foto: Roque de Sá/Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) negou o pedido de adiamento do depoimento do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está previsto para ser ouvido a partir das 10h da próxima quinta-feira (24). Ele está preso preventivamente há quatro meses por supostamente fraudar cartões de vacinação.

— Temos o compromisso do Exército de que todos os militares convocados para a CPI irão comparecer para depor. Então espero realmente que com Mauro Cd não seja diferente. Queremos que ele fale tudo que sabe para esclarecermos toda a tentativa golpista. Ele será questionado sobre a questão da fraude no cartão de vacinação, da revenda da joias, incluindo o Rolex, do disparo de fake news pelo ex-presidente. É uma avalanche de informações que ajudam a remontar essa trama.

No ofício em que indefere o pedido de adiamento, o parlamentar destacou que o militar será apresentado à CPI na condição de testemunha, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Assim, diz o documento, Mauro Cid tem o "dever legal de manifestar-se sobre os fatos e objetos da investigação, estando, entretanto, assegurado ao direito ao silêncio e garantia da não incriminação, se instado a responder perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo ou sua incriminação".

No requerimento, o advogado Cezar Bitencourt, que defende Mauro Cid, argumentou que sua nova defesa foi constituída há uma semana. "Por se tratar de alvo de diversas e longas investigações, não houve, ainda, tempo hábil para plena ciência e conhecimento dos fatos atinentes aos autos", escreveu o criminalista.

O documento aponta ainda que, na convocação recebida, não estava claro em que condição o tenente-coronel será ouvido. "Esta elucidação se faz imprescindível para a sua apresentação, uma vez que as teses defensivas e postura e ser adotada por este são diferentes, devendo ser coerentes com a forma a qual foi convocado a se apresentar", diz o advogado.

Matéria está em atualização.

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