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CPI do MST

CPI do MST começará com 14 requerimentos para intimações e diligências em SP, Bahia e MS

Diligências serão concentradas em estados onde terras produtivas foram alvos da ação de ativistas em 2023

O MST promete uma "retomada massiva das ocupações", neste mês de abril, e invadiu três engenhos em PernambucoO MST promete uma "retomada massiva das ocupações", neste mês de abril, e invadiu três engenhos em Pernambuco - Foto: Divulgação

A CPI do MST terá o início dos seus trabalhos nesta terça-feira com a votação de 14 intimações para depoimentos na Câmara, que devem ser realizados ao longo das próximas semanas. Além disso, diligências em assentamentos invadidos por militantes do Movimento dos Sem Terra serão realizadas, ao longo dos próximos sete dias, em estados como São Paulo, Bahia e Mato Grosso do Sul, onde terras produtivas foram alvos da ação de ativistas em 2023.

De acordo com o presidente a CPI, o tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), os 14 depoimentos que serão votados nesta terça compõem um total de 90 já protocolados, mas que serão submetidos a voto ao longo dos próximos meses. A ideia é criar um calendário que intercale nomes solicitados por governistas e oposicionistas.

— Apresentaremos o plano de trabalho da CPI e fizemos questão de, neste primeiro momento, contemplar as solicitações para depoimentos de nomes de todos os espectros políticos. Submeteremos os pedidos de diligências para votações, mas temos como certos os trabalhos em estados como Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde há denúncias claras de invasões irregulares a terras produtivas — detalha Zucco.

Dor de cabeça para governistas
Desde que foi anunciada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a CPI do MST virou alvo de preocupação do governo e de parlamentares petistas. O temor de desgaste que a comissão pode trazer cresceu com o comando nas mãos de Salles e Zucco.

As invasões promovidas pelo MST durante o abril vermelho, o que incluiu uma área da Embrapa em Pernambuco, provocaram descontentamento no Palácio do Planalto. O receio principal é que o relator crie uma narrativa para criminalizar o movimento. As ocupações promovidas pelo MST neste início de ano têm gerado mobilização negativa contra o governo Lula nas redes sociais.

Em outra frente, os sem-terra tentaram recorrer à Justiça para barrar a CPI com a alegação de falta de objeto específico. O argumento foi de que o requerimento pede a investigação do movimento em si, e não de uma ação específica praticada.

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