CPI ouve depoimento do ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo
A expectativa é que Campelo dê esclarecimentos sobre o colapso da saúde em Manaus
A Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a gestão pública da pandemia, ouviu o ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo. O estado entrou em colapso no início de 2021, com falta de leitos e oxigênio medicinal. A PF apura desvio de dinheiro do combate à pandemia.
Humberto Costa (PT-PE) apresentou requerimento à comissão com pedido de informações à empresa Azul sobre o episódio em que o presidente Jair Bolsonaro entrou numa aeronave sem máscara e ofendeu alguns passageiros que o vaiaram.
Com o início do depoimento de Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do estado do Amazonas. A expectativa é que Campelo dê esclarecimentos sobre o colapso da saúde em Manaus.
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Otto Alencar informou a CPI sobre operação na França de busca e apreensão no laboratório do médico Didier Raoult, defensor da cloroquina. E destacou caso de senador americano suspenso do YouTube por promover "tratamento precoce".
Em explanações iniciais, Marcellus Campêlo afirmou que a secretária do MS Mayra Pinheiro defendeu em Manaus "tratamento precoce", apresentou sistema TrateCov e tratou da atenção primária. O Amazonas registrava colapso na saúde.
No dia 7 de janeiro, segundo Marcellus Campêlo, a White Martins garantiu ao estado que a partir do dia 9 chegaria o primeiro carregamento de oxigênio medicinal de Belém, e que a cada dois dias haveria novas remessas.
O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), questionou se houve sugestão do governo federal ao Amazonas para adotar a tese da imunidade de rebanho. Marcellus Campêlo disse não ter conhecimento de algo nesse sentido.
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) disse que havia R$ 553 milhões na conta do governo do Amazonas em março de 2021. Para ele, isso demonstra que não faltou dinheiro ao estado para tomar providências necessárias na crise sanitária.
Eduardo Braga (MDB-AM) interrompeu a fala de Campêlo e criticou a contratação de hospital de campanha privado quando havia três andares de hospital público sem operação: "Parece uma narrativa que não foi o vivenciado em Manaus".