CPI ouve empresário Otávio Fakhoury, investigado por financiamento de fake news na pandemia
A CPI da Pandemia, no Senado, nesta quinta-feira (30), ouve o depoimento do empresário Otávio Oscar Fakhoury, acusado de financiar canais de informação conhecidos por disseminar notícias falsas.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, cita como exemplo os canais Instituto Força Brasil, Terça Livre e Brasil Paralelo.
"Esses canais estimularam o uso de "tratamento precoce" sem eficácia comprovada, aglomeração e diversas outras fake news sobre a pandemia", explicou Randolfe, autor do requerimento para a audiência do empresário.
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Fakhoury entrou na mira da CPI em agosto, quando os senadores aprovaram a quebra dos sigilos bancário, telefônico, telemático, desde abril de 2020. A Comissão também teve acesso ao sigilo fiscal do empresário, desde 2018.
Otávio Fakhoury tem decisão do Supremo Tribunal Federal que garante seu direito de ficar em silêncio, em caso de possível autoincriminação. Concedido pelo ministro Dias Toffoli, o habeas corpus também impede que o depoente seja submetido a medida privativa de liberdade ou restritiva de direitos.
Vacinas
O empresário Otávio Fakhoury é vice-presidente do Instituto Força Brasil, que aparece nas investigações da CPI como intermediário entre a empresa Davati Medical Supply e o Ministério da Saúde. O presidente do instituto é o tenente-coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, que já foi convocado pela CPI por ter mantido contato com servidores do ministério, garantindo que a oferta de vacinas da Davati era legítima. Porém, segundo apura a CPI, a negociação tinha diversos tipos de irregularidades.
A maior parte das informações que a CPI possui com relação a Fakhoury, no entanto, se referem ao financiamento e à disseminação de fake news.