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BRASÍLIA

CPMI dos atos de 8 de janeiro ganha celeridade no Congresso Nacional. Veja os próximos passos

Em pauta, a discussão e aprovação dos nomes para depor na Comissão. Sessões desta semana ocorrem após a aprovação do plano de trabalho apresentado pela relatora Eliziane Gama (PSD-MA)

Anderson Torres: depoimento aguardadoAnderson Torres: depoimento aguardado - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A semana promete ser de intensa agenda para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os ataques aos prédios dos três poderes em Brasília no dia 8 de Janeiro. Estão programadas duas sessões, a primeira hoje, às 9h, e a segunda na próxima quinta-feira.

Em pauta, a discussão e aprovação dos nomes para depor na CPMI. É esperado, por exemplo, que entre hoje e quinta, sejam aprovadas as convocações para depor do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Interna (GSI), Gonçalves Dias, o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Jorge Eduardo Naime, e o ex-diretor adjunto da Abin, Saulo Moura da Cunha.

A lista de requerimentos ainda inclui convites ao ex-ministro do GSI, Augusto Heleno, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, e o ministro da Justiça, Flávio Dino. As redes sociais Meta e Instagram também devem ser convocadas a compartilharem informações sobre divulgação de conteúdo relacionado aos atos do dia 8 janeiro.

As sessões desta semana ocorrem após a aprovação, na última terça-feira (6), do plano de trabalho apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, que tem o deputado Rodrigo Maia (União Brasil -BA) na presidência e Cid Gomes (PDT-CE) na vice.

Além das aprovações dos requerimentos de convocações dos depoimentos, o colegiado também deve analisar 285 dos 840 requerimentos apresentados na CPMI, entre eles, o que trata da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Araraquara, no dia da invasão às sedes dos três poderes. Na ocasião, o presidente foi acompanhar de perto a situação das chuvas na cidade do interior de São Paulo, que já tinha vitimado seis pessoas.

A oposição ao Governo, contudo, quer que seja apurado se a viagem fora da agenda oficial do presidente não teria sido uma maneira de Lula criar um álibi para livrá-lo de ser acusado de omissão diante da iminência do que iria ocorrer em Brasília.

A teoria bolsonarista é que o Planalto sabia da invasão, mas nada fez para impedir, com objetivo de que a culpa do que ocorreu caísse no colo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores.

 

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