Cunha já havia feito uma mala e aguardava a chegada da PF
Ex-deputado estava em seu apartamento funcional, em Brasília, que já deveria ter sido devolvido à Câmara dos Deputados, há uma semana
Ao fazer sua última refeição, antes de ser preso, o peemedebista já havia preparado uma mala para se entregar, após receber a informação de que agentes haviam visitado sua casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Por volta das 15h, ele embarcou para Curitiba em um jato Embraer 145 e, ao aterrisar, foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal, sede da Operação Lava Jato.
De acordo com a PF, o cumprimento da prisão ocorreu na garagem e que o ex-deputado estava com o advogado. Um dos defensores de Cunha, chamado Álvaro, que faz parte do escritório de Ticiano Figueiredo, chegou no prédio 20 minutos antes da PF. Ele se identificou, perguntou se havia acontecido alguma operação e subiu pelo elevador.
Outro carro da polícia chegou pouco depois da primeira equipe. O ex-presidente da Câmara demorou poucos minutos para descer junto com os agentes. Eles foram direto para o subsolo, onde o carro da PF entrou para pegar todos.
Segundo o advogado de Cunha, Ticiano Figueiredo, “os policiais educadamente aguardaram que o Eduardo juntasse algumas coisas e, para evitar uma exposição ainda maior, saíram pela garagem direto para o hangar da PF”.
A esposa de Cunha, Claudia Cruz, não estava em casa no momento da prisão. Ela estava em Brasília, mas não foi alvo de nenhuma medida cautelar expedida por Moro. Segundo pessoas próximas à família, ela ainda não sabe se visitará o marido em Curitiba e pretende voltar ao Rio para ficar com a família.