Da favela do Jacarezinho ao Congresso: relembre trajetória política do ex-deputado David Miranda
Após nove meses na UTI, ex-parlamentar morreu no Rio de Janeiro um dia antes de seu aniversário de 38 anos
O ex-parlamentar David Miranda (PDT-RJ), morto nesta terça-feira aos 37 anos, teve uma breve trajetória política. Eleito vereador do Rio de Janeiro nas eleições municipais de 2016, o político tomou posse aos 32, em 2017, e ocupou a cadeira até 2019. No mesmo ano, passou a exercer o cargo de deputado federal em Brasília, posição que desempenhou até passar nove meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em agosto de 2022, o carioca foi internado com infecção gastrointestinal. Desde então, ele passou por outras infecções e teve pancreatite.
Nascido na favela do Jacarezinho, na Zona Norte da capital fluminense, Miranda perdeu a mãe quando tinha apenas cinco anos de idade. Ativista da causa LGBTQIA+, ele estava casado há 17 anos com Glenn Greenwald, jornalista que revelou a espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, a NSA, ao governo brasileiro durante o mandato de Dilma Rousseff. David também foi o primeiro vereador assumidamente gay da cidade do Rio.
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Jornalista de formação, David Miranda esteve à frente da campanha pelo asilo ao ex-analista de sistemas da Agência Central de Inteligência americana (CIA, na sigla em inglês), Edward Snowden no Brasil.
Segundo os médicos do ex-deputado a causa da morte foi em razão de uma pancreatite e infecção gastrointestinal que progrediu um quadro de septicemia. Ele havia sido internado em agosto de 2022 na UTI da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, com fortes dores abdominais que foram posteriormente diagnosticadas com um quadro de infecção gastrointestinal.