polícia federal

Dados falsos de vacinação de Bolsonaro foram inseridos no SUS por secretário de Duque de Caxias

Investigação apontou que, para entrar no sistema, João Carlos Brecha utilizou os serviços de internet do telefone celular de seu pai

João Carlos Brecha, então secretário de governo do município de Duque de Caxias, na Baixada FluminenseJoão Carlos Brecha, então secretário de governo do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense - Foto: Linkedin

A Polícia Federal indiciou João Carlos Brecha, então secretário de governo do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, por ter inserido dados falsos em certificados de vacinação contra a Covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua filha

De acordo com o relatório final das investigações, enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Brecha teria utilizado “os serviços de internet do telefone celular cadastrado em nome de seu pai e posteriormente de sua residência para a prática criminosa”. 

No documento, a PF aponta que os elementos de prova demonstram o contrário do que fora afirmado em depoimento pelo secretário, que negou participação no crime. 

Brecha também havia alegado aos investigadores que não conhecia nem havia tido qualquer contato com o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Barros. No entanto, a análise da extração pericial dos dados armazenados no telefone celular apreendido com o militar, revelou que ele tinha em seu aparelho o contato telefônico do secretário. As mensagens entre ambos, no aplicativo WhatsApp, estavam apagadas. 

Já a análise dos dados extraídos do aparelho apreendido com Brecha confirmou que também possuía o número de Ailton em sua agenda telefônica. 

Além disso, a perícia revelou que, ao contrário do que fora afirmado por Brecha, ele manteve interações com Ailton em dezembro de 2022, quando ocorreram diversas inserções e exclusões de dados de vacinação dos investigados nos sistemas do Ministério da Saúde.

“Tais elementos de prova refutam a inexistência de relação entre os investigados e reforçam a participação de ambos no esquema criminoso”, concluem os investigadores. 

Para a PF, Ailton foi acionado pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid para intermediar, junto a Brecha, as fraudes em benefício próprio e das três filhas, o que ocorreu em 17 de dezembro de 2022.

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