Danificado no 8/1, relógio de Dom João VI é enviado para restauro na Suíça
Recuperação da peça será feita por produtor suíço; responsável por destruir item segue preso
O relógio Balthazar Martinot, que pertenceu a Dom João VI, danificado nos atos golpistas de 8 de janeiro, foi enviado nos primeiros dias deste ano para restauro na Suíça, segundo confirmado pela Embaixada do país europeu nesta terça-feira.
Dezenas de itens e peças foram danificados naquela data, quando os prédios sedes dos Três poderes foram invadidos em Brasília.
Um produtor suíço de relógios, descrito como "de longa tradição e experiência", ofereceu o apoio de especialistas na missão de restaurar a obra. Em maio, uma equipe de relojoeiros suíços veio ao Brasil e inspecionou a peça danificada, datada do século XVII.
Posteriormente, um acordo foi assinado entre os dois países estabelecendo um Acordo de Cooperação Técnica para a restauração do relógio.
O responsável por derrubar o relógio foi identificado como o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, filmado por câmeras de segurança do Planalto.
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No dia 23 de janeiro, o mecânico foi detido em Uberlândia e levado para a Delegacia da Polícia Federal, antes de ser encaminhado para a penitenciária. Atualmente, ele se encontra no Presídio de Uberlândia I, antiga Colônia Penal Professor Jacy de Assis.
"A Suíça e o Brasil têm relações históricas de amizade e cooperação baseadas sobre valores comuns. A colaboração que decorre da nobre missão de proteger o património histórico e artístico é um elemento emblemático que reforçará ainda mais a colaboração entre os nossos dois países", disse a Embaixada da Suíça por meio de nota.