Datafolha: Metade dos eleitores brasileiros defende que Bolsonaro se torne inelegível
A defesa da punição é maior entre mulheres e os mais pobres, enquanto homens pró e contra a condenação empatam e os mais ricos, defendem
Para 51% dos eleitores brasileiros entrevistados pelo Datafolha, Jair Bolsonaro (PL) deve ser condenado por sua campanha contra as urnas eletrônicas e se tornar inelegível por oito anos. Já 45% acreditam que o ex-presidente deve ser liberado pela Justiça Eleitoral para disputar pleitos.
Novos recortes da pesquisa divulgada no fim de semana, indicam que a perda dos direitos políticos é a punição mais correta para o ex-presidente, que trabalhou para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro mesmo antes de tomar posse, em 2019.
Segundo o levantamento, a defesa da punição é maior entre mulheres e os mais pobres, enquanto homens pró e contra a condenação empatam e os mais ricos, defendem liberar Bolsonaro.
Ao todos, 16 ações tramitam no TSE contra Bolsonaro, sendo duas questionando majoritariamente os ataques do ex-mandatário ao processo eleitoral. O ex-presidente, que dois dias antes do fim de seu mandato viajou para os Estados Unidos, comentou a possibilidade de se tornar inelegível ao retornar ao Brasil, na última semana.
"A questão do Tribunal Superior Eleitoral os advogados do partido estão tratando. Não vejo materialidade em nada. A ação mais forte contra mim é uma reunião que fiz com embaixadores em meados do ano passado. Não vejo motivo para me julgar inelegível por causa disso", disse Bolsonaro em entrevista à Jovem Pan.
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O Datafolha entrevistou, presencialmente, 2.028 pessoas de 16 anos ou mais em 126 municípios de todas as regiões no período de 29 a 30 de março. 4% não souberam avaliar a questão estimulada pelo Datafolha. A margem de erro da pesquisa é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos. Os dados foram divulgados pelo jornal “Folha de S.Paulo”.
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