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De joias a dinheiro em espécie: os escândalos do clã Bolsonaro que envolvem o ex-ajudante de ordens

Mauro Cid foi preso numa operação da PF na manhã desta quarta-feira

Mauro Cid e o ex-presidente Jair BolsonaroMauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução / Alan Santos / PR / Divulgação

Ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid aparece envolvido nos principais escândalos relacionados à família presidencial na última gestão, que vão do caso das jóias às suspeitas da criação de um caixa paralelo dentro do Palácio da Alvorada.

Na manhã desta quarta-feira (3), Cid foi preso durante uma operação da Polícia Federal que investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

Antes do caso de hoje vir à tona, porém, o ex-assessor-chefe militar da Ajudância de Ordens da presidência da República da gestão Jair Bolsonaro foi apontado pela PF como suspeito de iniciar as tentativas de recuperação das jóias trazidas ilegalmente ao Brasil pelo governo federal. Cid teria escalado, em dezembro de 2022, o sargento Jairo Moreira da Silva para ir a Guarulhos, em São Paulo, conversar com agentes da Receita Federal e tentar liberar os itens. Segundo depoimento prestado por Cid à PF, Bolsonaro informou a ele em dezembro de 2022 sobre a existência de um presente retido pela Receita e pediu que ele checasse se era possível regularizar os itens.

Em 2020, Cid já havia prestado depoimento à PF, mas no inquérito dos atos antidemocráticos - aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) - após a corporação encontrar mensagens trocadas entre o ajudante de ordens e o blogueiro Allan dos Santos. As mensagens que vieram à tona mostram que Santos escreveu que era a favor de intervenção por parte das Forças Armadas. Cid respondeu: “Opa”. À PF, ele disse que se tratou apenas de uma saudação.

Em outro caso rumoroso, em dezembro do ano passado a PF concluiu que Mauro Cid, junto a Bolsonaro, cometeu crime por divulgar informações falsas sobre Covid-19. A acusação é de que Bolsonaro cometeu o delito de incitação a crime sanitário por estimular as pessoas a não usarem máscaras. O inquérito foi aberto a pedido da CPI da Covid por causa de uma "live" na qual o então presidente fez uma associação falaciosa entre o uso da vacina contra o coronavírus ao vírus da Aids.

Em um caso mais recente, o portal Metrópoles apontou que investigações da PF, sob o comando do STF, apuram se o ajudante de ordens do ex-presidente operava uma espécie de “caixa paralelo”. O ex-presidente Bolsonaro nega as informações. Segundo a reportagem do Metrópoles, as investigações sob o comando do ministro Alexandre de Moraes descobriram que o “coronel Cid” pagava contas do clã presidencial em dinheiro vivo.

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