ELEIÇÕES 2024

Debate em Fortaleza tem troca de farpas entre ex-aliados, críticas ao prefeito e até troca de camisa

Debate em Fortaleza reuniu sete dos nove candidatos a prefeito da capital cearense

Eduardo Girão com a camisa que teve que trocarEduardo Girão com a camisa que teve que trocar - Foto: reprodução/TV Band

Sete dos nove candidatos a prefeito de Fortaleza (CE) se reuniram para o primeiro debate eleitoral deste ano, transmitido pela Rede Bandeirantes nesta quinta-feira.

Os postulantes André Fernandes ( PL), Capitão Wagner ( União Brasil), Eduardo Girão ( Partido Novo), Evandro Leitão ( PT), George Lima ( Solidariedade), José Sarto ( PDT), que busca reeleição, e Técio Nunes ( PSOL) marcaram presença.

A troca de farpas entre Evandro e Girão, que teve de trocar de camisa a pedido de Sarto, e a mágoa do deputado federal, Fernandes, pela falta de apoio de Wagner, ficaram entre os principais destaques da noite.

Já na primeira pergunta, Evandro Leitão (PT) disse que o senador Eduardo Girão (Novo) passou "mais tempo morando em Miami, nos Estados Unidos, do que em Fortaleza".

O petista também rotulou o candidato do Novo como "aliado de primeira hora" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acrescentando que ele "foi contra a vacina, contra o isolamento social na época da pandemia".

Em resposta, o candidato do Novo indagou, em tom sarcástico: "Como é que eu moro nos Estados Unidos se eu sou o senador mais presente lá no Senado Federal com 100% de presença?"

Com relação a Bolsonaro, o senador disse que tem uma "posição independente". "Eu sou Brasil", concluiu. Ele alegou ainda que votou apenas em propostas positivas do governo Bolsonaro: "Eu tenho divergências, faz parte, mas não dá para comparar o governo Bolsonaro com o governo Lula, que é uma tragédia sem precedentes", justificou.

O prefeito José Sarto (PDT) também alfinetou o deputado estadual Evandro Leitão (PT). O pedetista disse que Evandro “covardemente” se negou a assinar o pedido de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) voltada a investigar a segurança pública do estado. Em resposta, Leitão disse que a CPI tinha “caráter eleitoreiro” e, em uma invertida, falou que “covardia” era o que Sarto fazia com os eleitores da capital cearense, acrescentando que "pais e as mães que ficam anos em uma fila de creche”.

Os atritos são decorrentes de um rompimento de aliança entre o PT e o PDT, em 2022, quando o partido de Lula decidiu apoiar o governador Elmano de Freitas (PT) para o comando do Estado, enquanto Ciro Gomes defendia a candidatura do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio. Sem aliança, o irmão de Ciro Gomes, o senador Cid Gomes, deixou o PDT e se filiou ao PSB em fevereiro deste ano.

Trocou de camisa
"Não falta dinheiro na prefeitura. Falta gestão". Essa era a frase que estampava a camisa de Girão, que proporcionou um dos momentos mais polêmicos do debate. O pedido da equipe do atual prefeito José Sarto obrigou Girão a trocar de camisa, com o argumento de que o adversário, além de ferir as regras da sabatina, fazia uma crítica indireta à atual gestão da capital cearense.

"Leiam enquanto há tempo. Isso incomodou o prefeito porque justamente o que falta é gestão", disparou Girão, antes de trocar de blusa.

Fernandes magoado
O deputado federal André Fernandes (PL), candidato de Bolsonaro, tornou pública sua mágoa sobre o não apoio de Capitão Wagner (União). Fernandes disse que esperava firmar uma aliança com Wagner neste ano, visto que o apoiou em três eleições.

“Tem um candidato aqui que eu apoiei por três vezes, e ele deveria neste momento estar me apoiando e me retribuir. Mas, além de não fazer isso, agora me tem como adversário. Ele já esteve no palanque do Ciro, do Elmano, do Lula e também do Bolsonaro. Estou falando do candidato Capitão Wagner, que sempre esteve ao seu lado por oportunismo”, afirmou.

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