Justiça

Defesa de acusado de ofender Alexandre de Moraes inclui no inquérito vídeo gravado de celular

Gravação foi feita em aeroporto na Itália, depois do momento em que Roberto Mantovani teria dado um tapa em filho do ministro

Alexandre de Moraes aparece em vídeo gravado por empresário em aeroporto Alexandre de Moraes aparece em vídeo gravado por empresário em aeroporto  - Foto: Reprodução

A defesa do empresário Roberto Mantovani Filho apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um vídeo gravado de celular que mostra parte da confusão entre a família dele e o ministro Alexandre de Moraes, ocorrida em julho deste ano. Na gravação, Moraes aparece virando-se em direção ao Mantovani e sua mulher e chamando alguém de "bandido". O momento ocorreu depois que o empresário teria dado um tapa no filho do ministro.

O vídeo tem nove segundos e começa depois que uma discussão já havia sido iniciada. Dirigindo-se a Mantovani e a sua família, Moraes questiona se eles estão com "medo" e afirma que serão "identificados", e começa a andar em direção contrária. O empresário questiona se está sendo ameaçado, e o ministro vira para trás e o chama de "bandido". Também é possível ver Alexandre Barci de Moraes, filho do ministro, que afirma que eles serão "processados".

A assessoria de imprensa do STF afirmou que Moraes não irá comentar.

O episódio é alvo de um inquérito do STF, que foi prorrogado na quarta-feira por mais dois meses. Em um relatório em que analisa as imagens das câmeras de segurança do aeroporto, a Polícia Federal (PF) afirma que as gravações indicam que, em outro momento, Mantovani realizou "uma aparente agressão física" a Alexandre Barci.

Em petição apresentada nesta quinta-feira, a defesa de Mantovani afirmou a gravação registra o "único momento em que o Min. Alexandre se encontra presente e próximo dos investigados" e ressalta que "nenhuma ofensa é a ele direcionada". De acordo com o advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho, Alexandre Barci estava proferindo "ofensas" à mulher do empresário, Andréa Murarão.

A defesa anexou um parecer, elaborado por um perito contratado por eles, que afirma que "não há descontinuidade nem na sequência de frames, nem na trilha de áudio" e que "há sincronia entre os movimentos labiais dos falantes que aparecem nas cenas e o conteúdo das falas emitidas", indicando que não foram feitas edições.

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