Defesa de Anderson Torres diz que visita de senadores pode ajudar contra depressão
Grupo de 42 parlamentares solicitou a Moraes permissão para encontrar ex-ministro
Os advogados do ex-ministro Anderson Torres afirmaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não se opõem ao pedido de 42 senadores para visitá-lo na prisão. De acordo com a defesa de Torres, o encontro com os parlamentares pode ajudá-lo com a "profunda depressão" que ele vem passando.
Na semana passada, um grupo de senadores, a maioria de oposição ao governo federal, apresentou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, um pedido para realizar uma visita a Torres, "por razões humanitárias". Moraes, que foi responsável por determinar a prisão, questionou a posição da defesa antes de analisar o pedido. O ex-ministro está preso desde janeiro.
Entre os senadores que solicitaram a visita, estão Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Sergio Moro (União Brasil-PR), Ciro Nogueira (PP-PI), Rogério Marinho (PL-RN) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Também há membros de partidos da base, como Chico Rodrigues (PSB-RR).
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Na petição apresentada ao STF, os advogados afirmam que "em um primeiro momento" foram contrários a visitas de políticos, "seja para evitar eventual politização do caso; seja em função do seu delicado estado de saúde". Entretanto afirmaram que "o ato de solidariedade" demonstrado pelos parlamentares "talvez contribua para sua convalescença", "especialmente em uma conjuntura na qual o requerente sofre de profunda depressão".
A defesa sugere que, se a visita for autorizada, seja dividida em blocos de no máximo cinco parlamentares.